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24 maio 2020

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Ao redor do Sol

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Sequência didática

Ao redor do Sol

Nessa sequência didática, serão abordados conceitos de astronomia voltados ao conhecimento do Sistema Solar e relações de tamanho e distâncias interplanetárias.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Composição, estrutura e localização do Sistema

Solar no Universo.

Ordem de grandeza astronômica.

Competências específicas de Ciências da Natureza

2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

Habilidade

(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões).

Objetivos de aprendizagem

Representar e descrever os componentes do Sistema Solar.

Classificar os planetas do Sistema Solar quanto a sua constituição e seu tamanho.

Compreender relações de tamanho e distância interplanetárias.

Conteúdo

Astronomia do Sistema Solar.

Materiais e recursos

Materiais para anotação e desenho (caderno, lápis de cor, canetas coloridas etc.).

Cartolinas ou papel kraft.

Régua ou fita métrica.

Computador com internet e projetor.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4.

Aula 1

Iniciar a aula solicitando que os alunos, em duplas, representem o Sistema Solar em folhas avulsas, utilizando seus conhecimentos prévios. Reservar de 10 a 15 minutos para esta atividade, recolher e guardar as representações.

Em seguida, retomar rapidamente alguns conceitos aprendidos no 2° bimestre. É interessante retomar a habilidade EF09CI03, com enfoque no modelo estrutural de Bohr, em que os átomos são constituídos por núcleo e eletrosfera (sendo esta dividida em camadas). Não é necessário retomar os conceitos com profundidade, apenas deve-se relembrar a representação da estrutura atômica. Para tal, deve-se perguntar aos alunos se alguém poderia relembrar isso para a sala toda. O intuito é que os alunos associem ambas as representações, facilitando a assimilação.

Em seguida, questionar os alunos sobre qual a relação entre a estrutura atômica de Bohr e o Sistema Solar. Iniciar uma discussão sobre o assunto e solicitar que algumas duplas exponham suas representações, de modo a criar uma representação coletiva da sala na lousa. Essa deve incluir a ordem e os nomes de cada astro, sem a necessidade de incluir precisamente tamanhos e distâncias relativas. Deve-se atentar também ao fato de que Plutão não é mais considerado um planeta e sim um planeta-anão. Cabe ao professor orientar o processo de criação para que ele seja realizado de maneira satisfatória. Reservar ao menos 15 minutos para essa atividade final.

É interessante ressaltar que, além da diferença de tamanho entre átomo e Sistema Solar, no primeiro predominam forças de ordem elétrica e no segundo predominam forças de ordem gravitacional, e que isso está diretamente relacionado às dimensões físicas de cada situação. Outra informação interessante é a de que se ampliarmos o átomo de hidrogênio até que seu núcleo fique do tamanho do Sol, o elétron ficaria a uma distância do núcleo equivalente a 7,4 vezes a distância do Sol até Plutão, fato que demonstra a grande quantidade de espaços vazios de um átomo.

Sugestão de contextualização teórica:

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fluidworkshop/Shutterstock.com

Aula 2

A proposta desta aula é realizar uma atividade prática com o objetivo de elaborar representações que demonstrem a proporção e a distância entre os astros do Sistema Solar. Cabe ao docente adaptar a atividade de acordo com a disponibilidade de materiais da escola e escolher o formato que mais o agrada. Exemplos são representações em cartolina, com massinha e barbantes. A seguir, uma sugestão de formato para esta atividade utilizando materiais básicos de desenho:

Antes da aula, o docente deverá escolher um local de tamanho adequado para a realização da atividade, como quadra poliesportiva ou pátio da escola. Iniciar separando os alunos em grupos. Entregar a cada grupo um conjunto de cartolinas (ou papel kraft), réguas (ou fita métrica), lápis, canetas hidrocor. Cada grupo deverá desenhar o Sistema Solar respeitando as proporções adaptadas, tanto para a distância entre os astros quanto para o seu tamanho, de acordo com a tabela comparativa a seguir, que deve ser entregue a cada grupo.

ASTRO

DIÂMETRO REAL (KM)

DIÂMETRO ADAPTADO (CM)

DISTÂNCIA AO SOL REAL (KM)

DISTÂNCIA AO SOL ADAPTADA (CM)

Sol

1 390 000

80

0

0

Mercúrio

4 879

0,29

57 910 000

5,8

Vênus

12 104

0,7

108 200 000

10,8

Terra

12 756

0,75

149 600 000

15,0

Marte

6 794

0,4

227 940 000

22,8

Júpiter

142 984

8,4

778 330 000

77,8

Saturno

120 536

7,9

1 429 400 000

143

Urano

51 118

3,0

2 870 990 000

287

Netuno

49 492

2,9

4 504 300 000

450

Plutão (planeta anão)

2 320

0,14

5 913 520 000

591

Fonte: USP. Ciência Mão. Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_i3701>. Acesso em: 22 nov. 2018.

Vale ressaltar que a distância entre os astros foi adaptada em uma escala diferente, pois a mesma escala resultaria em distâncias muito elevadas que impossibilitariam a realização da atividade. Portanto, deve-se avisar aos alunos que as distâncias estão "encurtadas". Nessa representação, para as distâncias, utilizou-se a escala: 1 centímetro equivale aproximadamente a 10 000 000 km e para os diâmetros, a escala é: 1 centímetro equivale aproximadamente a 17 000 km.

Os links a seguir incluem outros formatos possíveis para esta atividade:

DUARTE, Ricardo. O Sistema Solar em escala reduzida. Ciência Mão. Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_i3701>. Acesso em: 20 nov. 2018.

LOPES, Mário Sérgio. Tamanhos e distâncias dos planetas do Sistema Solar. Disponível em: <http://www.pec.uem.br/cae/images/slides_pnaic2017/Mario_Sergio_Distncia-e-tamanho-dos-planetas-do-Sistema-Solar.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.

Ao final, pode-se fotografar o trabalho para recordação. O objetivo é que os alunos percebam as diferentes proporções entre os astros e como elas comumente não são representadas em escala pelos veículos de comunicação. O diâmetro do Sol, por exemplo, é aproximadamente 100 vezes maior que o da Terra. Seria interessante reunir os alunos e realizar uma discussão sobre a grandeza dos astros do Sistema Solar, ao final da atividade.

Aula 3

Iniciar a aula retomando a atividade da aula anterior e questionar os alunos: Por que alguns planetas são maiores do que outros? Anotar na lousa as respostas dos alunos em tópicos. É importante estimular a participação de todos na discussão. Conduzir a discussão para que os alunos compreendam que o tamanho dos astros é consequência da sua composição e de sua formação. Reservar aproximadamente 10 minutos para essa etapa inicial.

Em seguida, retomar rapidamente alguns conceitos aprendidos no 2º bimestre, relembrando a habilidade EF09CI01, com enfoque na distribuição submicroscópica das partículas em cada estado, para facilitar a compreensão dos alunos de que planetas gasosos são, via de regra, maiores que planetas rochosos. Reservar 10 minutos para essa etapa.

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Designua/Shutterstock.com

Em seguida, explicar as particularidades e características de cada planeta do Sistema Solar e, se possível, projetar as imagens de cada um deles. Nesse trabalho, é possível também abordar a origem dos nomes dos planetas. Para essa etapa da aula, sugerimos os sites a seguir:

OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. O Sistema Solar, 6 ago. 2018. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/ssolar.htm>. Acesso em: 20 nov. 2018.

SOEIRO, Raphael; VAN DEURSEN, Felipe. Qual é a origem dos nomes dos planetas? Superinteressante, 18 jul. 2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/qual-e-a-origem-dos-nomes-dos-planetas/#174603>. Acesso em: 20 nov. 2018).

Aula 4

Iniciar a aula com uma discussão com a turma sobre a composição do universo. Utilizar as seguintes questões para iniciar a discussão: Qual o tamanho do Universo? Qual a composição do Universo? Onde o Sistema Solar está inserido? Deixar que os alunos se expressem e, conforme o diálogo avança, introduzir conceitos como galáxias e Via Láctea. Reservar 10 minutos para essa discussão inicial.

Em seguida, realizar a exibição de um vídeo no estilo zoom out, abordando desde o nível atômico até o nível cosmológico. A seguir, há diferentes sugestões (algumas em outros idiomas), e cabe ao docente exibir aquelas que julgar mais apropriadas.Sugestão de vídeo:

ABC da Astronomia. TV Escola. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=p_H3tfjSo3k>.

Após a exibição dos vídeos, propor uma discussão acerca das dimensões dos corpos, desde o átomo até as galáxias. Questionar ainda: como é possível obter imagens de planetas e galáxias distantes? Que tipos de equipamentos são usados? Espera-se que os alunos citem satélites e estações espaciais. Para enriquecer a discussão, distribuir aos alunos cópias do texto "Astrofotografia: como são tiradas algumas das imagens mais deslumbrantes do Sistema Solar", disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-38155250> (acesso em: 20 nov. 2018). A leitura pode ser realizada em duplas, pequenos grupos, ou com toda a turma. O importante é que o texto traga aos alunos mais informações sobre o tema. Se possível projetar as imagens presentes no texto.

Para trabalhar dúvidas

Caso os alunos apresentem dificuldades, grupos de trabalho podem ser organizados; assim, por apresentarem linguagem mais próxima, os alunos com mais facilidade auxiliam aqueles com mais dificuldade. Além disso, explorar bem as imagens e vídeos sugeridos traz os conceitos de forma mais lúcida. As escalas utilizadas para medir os astros e a distância entre eles nem sempre é bem compreendida, por isso é importante fazer comparações com medidas que os alunos conhecem no cotidiano.

Avaliação

A avaliação é um processo que deve fazer parte de todas as etapas do trabalho. Devem ser observados a participação, o interesse, o respeito ao colega, os argumentos. Além disso, as representações produzidas nas aulas 1 e 4 podem ser utilizadas como instrumento avaliativo. Complementarmente, pode-se utilizar questões como as sugeridas a seguir.

1. Quantos planetas existem no Sistema Solar e como podemos agrupá-los quanto a sua constituição?

Resposta: Oito. Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Podemos classificá-los em rochosos (4 mais próximos ao Sol) e gasosos (4 mais distantes).

2. O que são galáxias? Em qual delas nós estamos?

Resposta: As galáxias são gigantescos sistemas formados por bilhões de astros, sendo que algumas contêm grande quantidade de gás e poeira. Nós estamos na Via Láctea.

Ampliação

Caso haja a possibilidade, os alunos podem utilizar simuladores para aprofundar os conceitos trabalhados, como os sugeridos a seguir:

PhET. Disponível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/gravity-and-orbits>. Acesso em: 20 nov. 2018.

PhET. Disponível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/my-solar-system>. Acesso em: 20 nov. 2018.

Outra possibilidade é organizar uma visita a um planetário. O link a seguir apresenta uma lista com boa parte dos planetários existentes no Brasil:

ABP. Disponível em: <http://planetarios.org.br/o-que-e-um-planetario/planetarios/>. Acesso em: 20 nov. 2018.


Fonte: PNLD

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: Transporte sustentável

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Sequência didática

Transporte sustentável

Utilizar meios de transporte mais econômicos e que causam menos impacto ao meio ambiente é uma necessidade da humanidade para ter um futuro mais sustentável. Para refletir sobre isso, esta sequência didática propõe a leitura de alguns artigos para avaliação dos prós e dos contras sobre o uso de certos meios de transporte. Outro objetivo desta atividade é incentivar o uso de bicicletas, quando possível, por ser sustentável, barato e saudável.

Para concluir o trabalho, os alunos promoverão uma campanha em prol do uso de bicicletas, como meio de transporte alternativo, por meio de cartazes ou materiais digitais que poderão ser divulgados à comunidade.

A BNCC na sala de aula

Objeto de conhecimento

Preservação da biodiversidade.

Competências específicas de Ciências da Natureza

2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.

5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Habilidade

(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

Objetivos de aprendizagem

Conhecer formas alternativas de transporte menos prejudiciais ao meio ambiente.

Reunir argumentos a favor e contra a bicicleta como meio de transporte.

Conscientizar-se a respeito do uso de bicicletas como fonte alternativa de transporte.

Conteúdos

Sustentabilidade.

Poluição do ar.

Transportes mais sustentáveis.

Materiais e recursos

Texto 1: RUETER, G. Dez ações contra as mudanças climáticas. Deutsche Welle Brasil, 2018. Disponível em: <https://www.dw.com/overlay/media/pt-br/dez-a%C3%A7%C3%B5es-contra-as-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas/18884352/36143401>. Acesso em: 15 nov. 2018.

Texto 2: COMO PAÍSES planejam a mobilidade sem poluir. Deutsche Welle Brasil, 2016. Disponível em: <https://www.dw.com/pt-br/como-pa%C3%ADses-planejam-a-mobilidade-sem-poluir/a-36143401>. Acesso em: 15 nov. 2018.

Cartolinas, giz de cera, caneta hidrocor, tesoura com pontas arredondadas, figuras, cola, câmera ou filmadora.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4.

Aula 1

Indicar com a leitura coletiva dos textos propostos, para fundamentar uma campanha que os alunos farão em prol do uso de bicicletas. Para isso, distribua cópias dos dois textos sugeridos a eles.

Texto 1: RUETER, G. Dez ações contra as mudanças climáticas. Deutsche Welle Brasil, 2018. Disponível em: <https://www.dw.com/overlay/media/pt-br/dez-a%C3%A7%C3%B5es-contra-as-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas/18884352/36143401>. Acesso em: 15 nov. 2018.

Texto 2: COMO PAÍSES planejam a mobilidade sem poluir. Deutsche Welle Brasil, 2016. Disponível em: <https://www.dw.com/pt-br/como-pa%C3%ADses-planejam-a-mobilidade-sem-poluir/a-36143401>. Acesso em: 15 nov. 2018.

Além dos indicados, se possível, sugerir pesquisas em sítios de buscas com as palavras-chave "sustentabilidade", "poluição", "transportes". Explicar que as pesquisas devem ser realizadas em fontes confiáveis, por isso os resultados devem ser filtrados para serem utilizados aqueles fornecidos por universidades, órgãos públicos, jornais e revistas de grande circulação.

Após a leitura, os alunos devem elaborar uma lista com o que consideram positivo e negativo em relação ao uso de bicicletas, por exemplo:

Pontos positivos:

É saudável, não produz gases tóxicos e outros poluentes, é de fácil armazenamento e manutenção, tem custo baixo.

Pontos negativos:

Não é apropriado para grandes distâncias, nem para o transporte de cargas, não é tão rápido.

Pedir, ainda, que levantem ações que devem ser tomadas pelo poder público para a viabilização do uso de bicicletas como um meio de transporte, como a construção de ciclo-faixas, diminuição de impostos sobre a compra de bicicletas, entre outras. Outro ponto que deverão abordar é o uso de equipamentos de proteção e o respeito às leis de trânsito e a utilização de vias adequadas.

Após esse levantamento de informações, organizar a turma em grupos de 4 alunos. Os grupos deverão se reunir para fazer o esboço de uma campanha que incentive o uso de bicicletas. Para isso, podem ser produzidos cartazes ou materiais digitais como pequenos vídeos, entrevistas, banners, entre outros. A organização das informações em um esboço é importante para direcionar o trabalho que será realizado nas aulas seguintes.

Aulas 2

Essa aula será destinada à organização de um debate a respeito das informações e dos argumentos levantados na aula anterior sobre o uso de bicicleta como alternativa de transporte. Para isso, organize a turma em dois grandes grupos: um grupo deverá argumentar a favor do uso de bicicleta e o outro levantar pontos negativos desse uso.

A proposta é que os alunos tenham contato com os argumentos dos colegas e exercitem a argumentação, para que possam organizar melhor seus próprios posicionamentos e respeitar opiniões contrárias. Reserve cerca de metade da aula para essa atividade.

Na segunda metade da aula, com a turma organizada em semicírculo, promover uma roda de conversa acerca dos argumentos de ambos os grupos utilizados no debate e abordando também os pontos importantes relacionados ao uso de bicicletas, como o uso de equipamentos de segurança, as leis de trânsito, as medidas adotadas pelo poder público. Nessa conversa, é importante questionar os alunos sobre o respeito aos ciclistas no trânsito. Os ciclistas são respeitados no trânsito? Quais as dificuldades enfrentadas pelos ciclistas?

Orientar os alunos a anotarem, no caderno, os pontos principais da discussão, pois serão usados nas aulas seguintes para a produção do cartaz e do material digital.

Aulas 3 e 4

Essas aulas são destinadas para a produção da campanha que incentive o uso de bicicletas com informações levantadas e esboço produzido na aula 1. Os grupos organizados na aula 1 deverão se reunir para produzir cartazes ou materiais digitais diversos, que podem ser pequenos vídeos, entrevistas, banners, dentre outros, utilizando, se necessário, softwares específicos para edição de textos, imagens e vídeos.

Propor o uso de figuras, giz de cera, canetas hidrocor, tesoura, figuras, colas, vídeos, imagens digitais, animações, entre outros recursos, de acordo com o material disponível e com o que se propuseram fazer.

Explicar que as mensagens da campanha devem ser claras e sucintas para serem de fácil compreensão e atrativas para os leitores. Podem ser criados slogans, mensagens motivadoras, imagens atrativas, pequenos textos informativos, entre outros.

É importante que o material produzido contenha:

Argumentos obtidos pela leitura dos textos 1 e 2.

Pontos positivos e negativos do uso de bicicletas.

Ações que devem ser tomadas pelo poder público.

Necessidade de uso de equipamentos de proteção, respeito às leis de trânsito e utilização de vias adequadas.

Os cartazes podem ser afixados em uma área comum da escola e os materiais digitais podem ser divulgados pelo website ou redes sociais da escola. Além disso, pode ser organizado um dia para exibição dos cartazes e dos materiais digitais a toda a comunidade escolar.

Para fazer um fechamento do trabalho, reunir-se com os alunos para fazer uma avaliação global de todas as etapas e de todo o aprendizado, pedindo opiniões e sugestões sobre os procedimentos e os pontos a serem melhorados.

Para trabalhar dúvidas

As buscas na internet podem ser uma importante ferramenta para que os alunos pesquisem e conheçam mais o assunto trabalhado em sala, e sempre devem ser realizadas com a orientação do professor quanto ao uso de fontes confiáveis.

Além disso, podem ser formados grupos de discussão e debates, assim os alunos podem ouvir outros argumentos e formular melhor sua visão crítica do assunto.

Avaliação

Como principal fator de avaliação, utilizar o resultado produzido: cartazes ou material de divulgação digital. Sugerem-se os seguintes pontos para avaliação mais detalhada:

Nome do(a) aluno(a): __________________________________________________________________

1. Participou do trabalho em grupo?

( ) Sim.

( ) Não.

2. Produziu argumentos em relação ao uso de bicicletas como transporte alternativo?

( ) Sim.

( ) Não.

3. Identificou as dificuldades enfrentadas pelos ciclistas e a importância de se respeitarem as leis de trânsito?

( ) Sim.

( ) Não.

4. Atribuir notas para os seguintes pontos do trabalho:

Organização e coerência das ideias.

Abordagem dos pontos indicados em sala de aula.

Participação individual no trabalho em grupo.

Para ampliar o trabalho, a entrevista com o engenheiro elétrico Raul Fernando Beck, no endereço a seguir: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/08/15/a-ascensao-dos-eletricos/?cat=capa> (acesso em: 15 nov. 2018), sobre a ascensão dos veículos elétricos, pode ser apresentada aos alunos e ser proposta a resolução do questionário a seguir.Ampliação

Com base na entrevista, responda:

1. Quais são as vantagens de um veículo elétrico?

Resposta: Eficiência energética (90% da energia elétrica vai para tração mecânica, que faz o veículo se movimentar, enquanto a eficiência energética de um veículo a combustão é de aproximadamente 15%). É não poluente, não emite gases poluentes eliminados na combustão. Além disso, é uma alternativa ao uso de combustíveis fósseis, que são recursos não renováveis.

2. Qual é a fonte de energia menor poluente, a hidrelétrica ou a termelétrica?

Resposta: A energia hidrelétrica é menos poluente que a termelétrica, pois esta gera gases de efeito estufa.

3. A frota global de carros elétricos está crescendo no mundo. Como é no Brasil?

Resposta: No Brasil é uma alternativa de alto custo, pois não há políticas de subsídios para o uso de carros elétricos e os impostos são altos para esses veículos. Além disso, não há "eletropostos", pois a demanda é baixa por enquanto. Os carros híbridos também não possuem custos acessíveis devido à alta tributação.

4. O que inviabilizava o uso de automóveis elétricos no passado?

Resposta: Alto custo da energia elétrica e baixa autonomia dos carros (precisavam ser recarregados mais vezes do que abastecidos com combustíveis).

5. O que é um automóvel híbrido?

Resposta: Um automóvel híbrido é aquele que possui um motor de combustão (a gasolina, por exemplo) e um motor elétrico.

6. Considerando uma área de 1 km2, por que, em termos de eficiência energética, é melhor colocar painéis fotovoltaicos para produção de energia nessa área em vez de usá-la para o plantio de cana-de-açúcar para produção de etanol?

Resposta: Porque a quantidade de energia elétrica produzida a partir da luz solar permite um deslocamento muito maior de veículos do que o deslocamento proporcionado com a combustão do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.


Fonte: PNLD