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13 maio 2021

O período moderno: Humanismos e Renascimentos








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Sequência didática

O período moderno: Humanismos e Renascimentos

Nesta sequência didática, os alunos irão contrapor as mentalidades medieval e renascentista, compreender o pensamento humanista e conhecer as principais características dos Renascimentos artístico e científico. Além disso, irão refletir sobre a perspectiva europeia da história a partir do estudo do período moderno, em especial do Renascimento cultural. Ao final, a turma produzirá painéis sobre o Renascimento artístico e Renascimento científico.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção de História.

Humanismos: uma nova visão de ser humano e de mundo.

Renascimentos artísticos e culturais.

Competências específicas

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.

Habilidades

(EF07HI01) Explicar o significado de "modernidade" e suas lógicas de inclusão e exclusão, com base em uma concepção europeia.

(EF07HI04) Identificar as principais características dos Humanismos e dos Renascimentos e analisar seus significados.

Objetivos de aprendizagem

Compreender que o significado de modernidade está amparado em uma concepção europeia da história.

Identificar as principais características do pensamento humanista e dos Renascimentos artístico e científico que tiveram lugar na Europa.

Comparar a mentalidade medieval e moderna.

Conteúdos

O pensamento humanista.

Renascimento artístico e científico.

Materiais e recursos

Trecho do livro O Feudalismo, de Hilário Franco Júnior.

Trecho do livro O Renascimento, de Nicolau Sevcenko.

Papel Kraft.

Cola.

Caneta hidrográfica.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

Iniciar a aula construindo com os alunos uma linha do tempo que apresenta a periodização da história dividida em Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Perguntar à turma: "Para que serve a linha do tempo?", "A linha do tempo (construída na lousa) mostra a periodização de quê?", "Como a história está dividida de acordo com a linha do tempo?".

Relembrar os alunos que a linha do tempo é um modo de organizar cronologicamente os acontecimentos. Esclarecer que foram alguns historiadores que dividiram o tempo histórico em períodos e que embora essa divisão tenha sido feita para facilitar o estudo do passado, ela tem suas limitações, pois:

congrega em um mesmo período histórias de indivíduos e sociedades de diferentes épocas e regiões do mundo, isto é, com modos de vida muito distintos entre si.

está amparada apenas no modo de vida europeu (concepção europeia da história).

Para contribuir com a compreensão dos alunos sobre a periodização da história baseada em uma visão centrada nos acontecimentos do continente europeu, dizer que o que caracteriza a Idade Moderna, período histórico que está sendo estudado neste bimestre, refere-se exclusivamente às mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais da Europa, isto é, a passagem do feudalismo para o mundo moderno; a centralização do poder nas mãos dos reis; o surgimento de movimentos de contestação do poder e dogmas da Igreja Católica, resultando no seu paulatino enfraquecimento; as renovações intelectual, artística e científica impulsionadas pelo pensamento humanista; a expansão marítima e a exploração e colonização de novos territórios.

Em seguida, explicar que essa concepção tem como objetivo alçar a Europa como artífice de atitudes e valores necessários ao desenvolvimento das sociedades modernas e, portanto, modelo a ser seguido. Nessa perspectiva, os povos e culturas que possuíam modos de vida diferentes do europeu foram considerados atrasados.

Promover a discussão com os alunos sobre o que aprenderam nessa aula a partir dos seguintes questionamentos:

Que acontecimentos caracterizam a Idade Moderna?

Onde eles aconteceram?

Como são vistas as sociedades que vivem de modos diferentes dos europeus, como os indígenas americanos, por exemplo?

É possível afirmar que existem sociedades avançadas e sociedades atrasadas?

Aula 2

Iniciar esta aula com a seguinte pergunta: "O que é ser moderno?", "Na opinião de vocês, os homens que viveram dos séculos XV ao XVIII são modernos?". Incentivar a turma a se expressar livremente, reservar cerca de 5 minutos para a exposição das ideias. Esclarecer, então, que o significado de modernidade dentro de uma perspectiva histórica está relacionado com transformações que ocorreram na Europa a partir do que convencionou-se chamar de Idade Moderna.

Após a conversa inicial, informar os alunos que nessa aula eles irão contrapor a mentalidade renascentista à medieval. Em seguida, distribuir e promover a leitura dos textos abaixo.

A mentalidade medieval

[...] Pouca coisa naquele momento escapava à Igreja. Antes de fazer parte de qualquer grupo familiar, social ou político, o indivíduo pertencia à comunidade cristã, à ecclesia, isto é, à Igreja no seu sentido mais amplo.

[...]

[Um dos traços psicológicos do homem da época feudal] é a supranaturalidade, isto é, a tendência a interpretar todos os acontecimentos como manifestação divina. Portanto, a compreensão dos objetos e dos fenômenos deveria se dar através da fé e da sensibilidade mais do que da inteligência. Deste ponto de vista, o mundo terrestre seria apenas um reflexo deformado do mundo celeste, imagem que o homem deveria se esforçar por entender olhando para além das aparências materiais. A realidade estava no invisível, por

detrás das máscaras visíveis mas ilusórias. Identificadas as forças sobrenaturais, benéficas ou maléficas, responsáveis por determinados acontecimentos, o homem poderia tentar intervir através de preces, jejuns, peregrinações, exorcismos, amuletos etc.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983, p. 59-60.

A mentalidade renascentista

[Os humanistas] eram todos cristãos e apenas desejavam reinterpretar a mensagem do Evangelho à luz da experiência e dos valores da Antiguidade. Valores esses que exaltavam o indivíduo, os feitos históricos, a vontade e a capacidade de ação dos homens, sua liberdade de atuação e de participação na vida das cidades. A crença de que o homem é a fonte de energias criativas ilimitadas, possuindo uma disposição inata para a ação, a virtude e a glória. Por isso, a especulação em torno do homem e de suas capacidades físicas e espirituais se tornou a preocupação fundamental desses pensadores, definindo uma atitude que se tornou conhecida como antropocentrismo.

[...]

O desenvolvimento de uma atitude que hoje se poderia chamar de científica deve ser compreendida, portanto, como um aspecto indissociável de todo o conjunto da cultura renascentista. Se com Copérnico a astronomia e a cosmologia eram ainda um campo teórico, mais explorado pela matemática e pela reflexão dedutiva, com Galileu e Kepler, pouco mais de cinquenta anos após, elas já eram objeto de observações sistemáticas e apoiadas por instrumentos e experimentos arrojados. A mesma evolução ocorre nos demais domínios do saber: Vesálio funda as bases da moderna anatomia através de suas dissecações de cadáveres; William Harvey demonstra o mecanismo de circulação sanguínea por meio da observação direta e da comprovação empírica; Agrícola desenvolve pesquisas mineralógicas diretamente aplicáveis à técnicas de prospecção e mineração; Leonardo da Vinci

elabora pesquisas teóricas e projetos práticos nos campos da hidráulica e hidrostática; o mesmo faz Brunelleschi com a arquitetura e as técnicas de construção.

Os exemplos são intermináveis. A palavra de ordem dentre esses estudiosos era o abandono de velhas autoridades e preconceitos e aceitação somente daquilo que fosse possível comprovar pela observação direta. [...] Tratava-se da fundação de uma nova concepção de saber, completamente aversa aos dogmas medievais e voltada toda ela para o homem e para os problemas práticos que seu momento lhe colocava.

SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1994, p. 15-22.

Ao final da leitura, esclarecer as dúvidas que possam ter surgido. Depois, solicitar aos alunos para que, em duplas, realizem as atividades a seguir.

1. A respeito do texto sobre a mentalidade medieval, responda às perguntas abaixo.

a) Qual a principal comunidade a que pertenciam as pessoas na Idade Média?

A comunidade cristã.

b) De acordo com o texto, a supranaturalidade é uma das principais características da mentalidade medieval. O que significa?

A tendência a interpretar todos os acontecimentos como manifestação divina.

c) De que forma as pessoas da Idade Média conheciam o mundo a sua volta?

A compreensão dos objetos e dos fenômenos deveria se dar por meio da fé e da sensibilidade mais do que da inteligência, Deus era a fonte de todo o conhecimento.

2. A respeito do texto sobre a mentalidade renascentista, responda às perguntas a seguir.

a) Os renascentistas eram antropocêntricos. O que isso significa?

Significa que o ser humano estava no centro das preocupações dos renascentistas.

b) De que forma os renascentistas conheciam o mundo?

A compreensão do mundo se dava por meio de uma atitude científica, que lançava mão da observação e da experimentação sobre os objetos e fenômenos.

3. As mentalidades medieval e renascentista eram semelhantes ou distintas? Justifique sua resposta.

Eram distintas. Na Idade Média a fé e Deus eram a fonte do conhecimento, enquanto na Idade Moderna a compreensão do mundo e dos fenômenos da natureza se dava pela observação e experimentação, por meio do uso da razão. Além disso, as pessoas da época medieval consideravam-se membros da cristandade, ao passo que os renascentistas valorizavam o individualismo e o potencial existente em cada ser humano. Na Idade Média, Deus era o centro da vida, enquanto no Renascimento o ser humano está no centro das preocupações.

Fazer a correção coletiva da atividade. Usar os textos e a atividade como introdução para explicar o que foi o Humanismo e os Renascimentos. É importante que os alunos compreendam quais foram as principais mudanças na mentalidade dos europeus da Idade Média para a Idade Moderna.

Para tanto, fazer um esquema na lousa sistematizando as principais características das mentalidades medievais e renascentistas. Segue abaixo modelo de quadro comparativo que poderá ser utilizado na aula.

Aula 3

Mentalidade medieval

Mentalidade renascentista

Teocentrismo

Antropocentrismo/Humanismo

Misticismo/Dogmatismo

Racionalismo (sem rompimento com a fé)/Espírito crítico

Valorização das Escrituras

Classicismo

 

 

 

 

Retomar com os alunos a origem e as principais características dos Renascimentos artístico e científico. Estimular os alunos por meio de perguntas, como: "Que mudanças ocorreram no final da Idade Média e início da Moderna?", "Quem eram os humanistas?", "Quais as principais características do pensamento humanista?", "Quais as principais características da mentalidade renascentista?", "Em que região teve início o Renascimento?", "Quem foram os mecenas?", "Quais as principais inovações trazidas pelos renascentistas para a arte e a ciência?", "Vocês se lembram de algum artista renascentista?", "Quem?", "E de alguma obra renascentista?", "Qual?", "Vocês se lembram de algum cientista do Renascimento?", "Qual?", "Como se deu a relação entre os renascentistas e os membros da Igreja Católica?".

Em seguida, organizar os alunos em dois grupos. Cada um deles deverá elaborar um painel sobre o Renascimento, um sobre o Renascimento artístico e outro sobre o Renascimento científico. Os painéis devem conter obrigatoriamente textos e imagens. Os textos devem incluir informações sobre os Renascimentos, como:

em que contexto surgiu;

o que foi o Renascimento;

quais são suas principais características;

quais as principais inovações trazidas pelos renascentistas para a arte/ciência;

quais as principais características da arte/ciência renascentista;

quem são os principais artistas/cientistas;

que obras ou investigações científicas marcam o Renascimento;

escolher um artista ou cientista para apresentar a biografia;

tensões com a Igreja Católica;

outras ideias consideradas relevantes ou interessantes.

Os alunos devem seguir o roteiro abaixo para a confecção do painel.

Definir o tema: Renascimento artístico ou Renascimento científico.

Fazer a pesquisa para reunir as informações sobre o tema.

Selecionar o conteúdo do painel nas fontes encontradas por meio da pesquisa.

Elaborar os textos que irão compor o painel a partir do conteúdo selecionado.

Escolher as imagens a serem fixadas no painel.

Confeccionar o painel.

Aula 4

Depois de prontos, os painéis devem ser fixados nas paredes da sala de aula. Os grupos devem também apresentá-los para os demais alunos da turma. Ao final das apresentações, usar o conteúdo exposto nos painéis para fazer um resumo dos assuntos trabalhados na sequência didática e solucionar as dúvidas que ainda persistirem.

Para trabalhar dúvidas

Reler os documentos com os alunos que apresentarem dificuldades na compreensão do conteúdo. Fazer perguntas pontuais sobre o que é tratado em cada trecho, de modo a ajudá-los a entenderem por conta própria o assunto abordado.

Procurar auxiliar os grupos na realização da pesquisa do conteúdo dos painéis. Sugerir sites da internet, livros, revistas e outros materiais em que podem ser encontradas informações sobre os Renascimentos. Orientá-los também em como fazer a seleção das informações a serem extraídas das fontes para compor o texto do painel.

Caso tenham dificuldade na seleção dessas informações, pedir que sigam o procedimento a seguir: ler as fontes encontradas; grifar aquilo que consideram mais importante; buscar nas fontes as informações sobre os Renascimentos solicitadas na proposta do trabalho; elaborar um pequeno texto com as informações de cada um dos itens separadamente; por fim, juntar todos os textos escritos em um único.

Avaliação

É importante avaliar cada uma das atividades desenvolvidas ao longo da sequência didática. Ao final da primeira aula, os alunos devem compreender que a periodização da história em Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea está amparada na concepção europeia; por isso, é importante entender as implicações dessa interpretação da história para o estudo dos acontecimentos da Idade Moderna na Europa e fora dela.

É importante que os alunos realizem uma autoavaliação das atividades propostas nesta sequência didática. Como sugestão, há abaixo uma ficha avaliativa a ser preenchida pelos alunos.


Acompanhando as atividades

Nome do(a) aluno(a): _____________________________________________________ Turma: _________

1. Compreendi os textos analisados na aula 2 de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

2. Extrai dos textos da aula 2 as informações de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

3. Consegui diferenciar as mentalidades medieval e renascentista de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

4. Cooperei na produção do painel de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

5. De maneira geral, escreva como avalia sua participação nas atividades propostas.

6. Caso não tenha sido plenamente satisfatória, como é possível melhorá-la nas próximas atividades?

A avaliação do painel deve levar em consideração não somente o produto final, mas também o processo de realização como um todo. Averiguar se os alunos conseguiram realizar a pesquisa, se foram capazes de extrair das fontes as informações solicitadas na proposta do trabalho, se o conteúdo apresentado no painel está correto e completo e se as imagens escolhidas são coerentes com o texto ou com o tema do painel. Avaliar também o capricho com que foi realizado o painel.

Ao final das atividades desenvolvidas na sequência didática, questionar a turma:

Quais são as principais características do Humanismo e dos Renascimentos artístico e científico?

Respostas pessoais. É importante que os alunos compreendam que o Humanismo tinha como objetivo superar a antiga tradição intelectual medieval, baseada nos ensinamentos da Igreja Católica. Logo, abria-se espaço para uma nova cultura ensinada nas universidades laicas. No Renascimento artístico evidenciou-se a preocupação com o realismo das obras de arte; o Renascimento científico evidenciou a necessidade de compreender o funcionamento das coisas, privilegiando o conhecimento em detrimento da explicação religiosa.

Ampliação

Propor a discussão com os alunos sobre a tese defendida pelo historiador britânico Jack Goody em seu livro Renascimento: um ou muitos?. Na obra, ele discute que o Renascimento italiano como um evento-chave para a ascensão da modernidade e do capitalismo no mundo é uma ideia construída pelos próprios europeus. O autor busca mostrar que o conhecimento árabe e as culturas da China e Índia também contribuíram para o surgimento da modernidade e do capitalismo. Ler com os alunos um trecho da a seguir.

[...] O principal Renascimento Islâmico foi o que, entre outras coisas, revitalizou as conquistas científicas da Grécia Antiga e do Império

Romano, numa época em que a Igreja Católica, em geral, descartava essa herança por considerá-la pagã. Naquele momento, textos filosóficos e científicos clássicos foram preservados, e mais tarde foram redescobertos na Europa durante o Renascimento Italiano. Se não fosse pelo Islã, esses textos teriam desaparecido. Muitos textos foram preservados nas grandes bibliotecas possibilitadas pela adoção do papel pelos muçulmanos, numa época em que os europeus tinham dificuldade de escrever, porque usavam muito o couro, a cera e, apenas para certos fins, papiro importado. Os resultados disso puderam ser vistos na Alta Idade Média em Palermo e Toledo (cidades de Itália e Espanha, respectivamente, que viveram sob domínio muçulmano), aonde europeus ocidentais iam para estudar cultura árabe e também os clássicos. Tudo isso alimentou o Renascimento Italiano. [...]

FREITAS, Guilherme. Jack Goody e o Renascimento no plural. O Globo. 21/01/2012. Versão on-line. Disponível em: <https://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/jack-goody-o-renascimento-no-plural-427322.html>. Acesso em: 30 out. 2018.

1. Como os árabes contribuíram com o Renascimento italiano?

O Renascimento islâmico revitalizou as conquistas científicas da Grécia Antiga e do Império Romano. Os textos filosóficos e científicos clássicos foram preservados em papel nas bibliotecas árabes para posteriormente serem usados pelos europeus durante o seu Renascimento.

2. De acordo com seus conhecimentos, por que essa contribuição árabe é pouco mencionada na historiografia sobre o Renascimento?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham compreendido que a história do Renascimento foi contada pela perspectiva europeia, isto é, como um evento singular que foi chave para a modernidade e o desenvolvimento do capitalismo no mundo.


Fonte: PNLD


Créditos: 






Reforma Protestante e Contrarreforma

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Sequência didática

Reforma Protestante e Contrarreforma

Nesta sequência, os alunos estudarão a Reforma Protestante e a Contrarreforma. Irão conhecer as críticas feitas à Igreja Católica no início do período moderno; as igrejas protestantes que surgiram nesse contexto e suas características, e as ações empreendidas pelos católicos para deter o avanço das religiões protestantes. Além disso, os alunos identificarão o perfil religioso da população brasileira e discutirão sobre a importância da tolerância religiosa.

A BNCC na sala de aula

Objeto de conhecimento

Reformas religiosas: a cristandade fragmentada.

Competências específicas

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.

Habilidade

(EF07HI05) Identificar e relacionar as vinculações entre as reformas religiosas e os processos culturais e sociais do período moderno na Europa e América.

Objetivos de aprendizagem

Compreender o que motivou a Reforma Protestante, conhecer as religiões protestantes que surgiram no período moderno e suas principais características.

Conhecer as principais ações da Igreja Católica para combater a disseminação das religiões protestantes.

Conhecer o perfil religioso do Brasil atual e sua relação com as transformações que ocorreram no período moderno.

Promover o debate acerca da importância da tolerância religiosa nos dias atuais.

Conteúdos

Reforma Protestante.

Religiões protestantes do período moderno: Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo.

Contrarreforma.

Perfil religioso do Brasil atual.

Importância da tolerância religiosa.

Materiais e recursos

Trecho do livro 95 teses, de Martinho Lutero.

Trecho do livro A Inquisição, de Anita Novinsky.

Projetor.

Cartolina para a confecção de cartazes.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 5 aulas.

Aula 1

Para esta aula, reservar antecipadamente a sala de informática da escola. Iniciar conversando com os alunos sobre religião. Estimular a discussão com perguntas, como: "Você segue alguma religião?", "Qual é a religião de seus pais ou responsáveis?", "E a dos seus familiares e amigos?". Registrar na lousa as religiões dos alunos e, ao final, verificar o perfil religioso da turma. Nesse momento, cuidar para que não ocorram falas que possam denotar preconceito religioso. Explicar aos alunos que, segundo o artigo 18 da Declaração dos Direitos Humanos, "toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião", por isso, é importante o respeito a todas as formas de religiosidade e crença.

Solicitar aos alunos que reflitam e escrevam individualmente em seus cadernos o porquê de seguirem ou não alguma religião ou de acreditarem em algo ou não. Reservar cerca de 5 minutos para a realização dessa tarefa. Em seguida, pedir que compartilhem suas reflexões e que contem um pouco sobre a sua religião e também sobre sua experiência religiosa: em que acreditam e como são as práticas e os rituais.

Procurar, com esta atividade, explorar aquilo que há em comum e o que há de diferente entre as religiões citadas pelos alunos. Essa discussão pode contribuir para que os alunos: conheçam outras crenças e religiões e abandonem preconceitos; percebam que cada pessoa tem as suas razões particulares para seguir determinada religião ou ter determinadas crenças; entendam que cada indivíduo tem a sua própria experiência com a religião e a fé; reflitam sobre o papel da religião e da fé na vida das pessoas; e, desse modo, aprendam a respeitar a escolha religiosa de cada um, promovendo a tolerância religiosa.

Após a conversa, solicitar aos alunos que se organizem em grupos e pesquisem informações e dados estatísticos a respeito das crenças religiosas do brasileiro. Como sugestão, eles poderão acessar os dados do último censo, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/pdf/Pag_203_Religi%C3%A3o_Evang_miss%C3%A3o_Evang_pentecostal_Evang_nao%20determinada_Diversidade%20cultural.pdf>. Acesso em: 23 out. 2018.

Outras fontes confiáveis podem ser consultadas, como:

Portal do Governo Federal. Diversidade religiosa é marca da população brasileira. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/cidadania-e-inclusao/2018/01/diversidade-religiosa-e-marca-da-populacao-brasileira>. Acesso em: 23 out. 2018.

Revista Franco-Brasileira de Geografia. Religiões no Brasil em 2010. Disponível em: <https://journals.openedition.org/confins/7785?lang=pt>. Acesso em: 23 out. 2018.

Após a pesquisa, os grupos deverão responder às seguintes perguntas.

1. Qual é a religião da maioria dos brasileiros?

2. Qual é a porcentagem de pessoas que seguem as religiões evangélicas no Brasil?

3. Que outras religiões existem no Brasil?

4. Compare o perfil religioso do brasileiro com o da sua turma e aponte as semelhanças e diferenças.

5. Em sua opinião, os brasileiros são obrigados a seguir alguma religião ou podem escolher livremente a sua religião ou crença?

6. Em sua opinião, há alguma religião melhor que outra? Justifique sua resposta.

Espera-se que nas atividades 5 e 6 os alunos percebam que, no Brasil, vivemos em uma democracia religiosa. Cada pessoa tem liberdade para escolher a sua religião, a sua crença ou mesmo optar por ser ateu ou não seguir religião nenhuma. É importante que eles compreendam que cada religião tem a sua história, suas características próprias e atende aos anseios de seus seguidores. Após a conclusão da atividade, promover uma conversa para que os alunos compartilhem os resultados.

Em seguida, explicar que, diferentemente do que ocorre hoje em dia, no período medieval e no início da Idade Moderna, na Europa ocidental, não havia tolerância religiosa. Predominava a religião católica, instituição que alcançou muito poder ao longo da Idade Média. Se achar pertinente, retomar com os alunos as principais características da sociedade feudal.

Comentar, em seguida, que a prevalência da religião católica no Brasil tem relação com as transformações que ocorreram no período moderno. A expansão marítima e a colonização do Brasil pelos portugueses trouxeram ao país a religião católica.

Aula 2

Para iniciar a aula, solicitar aos alunos que retomem os dados sobre o perfil religioso do brasileiro, vistos na aula anterior. Usar essas informações para discutir a Reforma Protestante. Fazer perguntas como: "Quais as religiões predominantes no Brasil?", "Alguém conhece alguma religião evangélica?", "Qual?", "Alguém conhece a origem das religiões protestantes?".

Aproveitar as respostas dadas pelos alunos para explicar que, no início do período moderno, a Igreja Católica passou a ser criticada, resultando em um movimento que foi chamado de Reforma. Um dos principais críticos à instituição foi o monge Martinho Lutero, que em 1517 escreveu 95 teses para criticar algumas práticas adotada pela Igreja Católica, como denúncias de corrupção, abusos morais e poder político concentrado na figura do papa.

Em seguida, distribuir o texto abaixo e solicitar aos alunos que leiam as teses escritas por Lutero para responder às perguntas.

95 teses de Martinho Lutero

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

[…]

27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

[…]

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.

[…]

36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

[…]

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

[…]

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa. […]

LUTERO, Martinho. 95 teses de Lutero. Disponível em: <http://www.luteranos.com.br/lutero/95_teses.html>. Acesso em: 18 out. 2018.

1. Quem Martinho Lutero está criticando?

Lutero está criticando o papa, os pregadores de indulgências e a Igreja Católica em geral.

2. Qual crítica Lutero faz à Igreja Católica nas teses acima?

Lutero critica a venda de indulgências.

3. O que são as indulgências?

O perdão dos pecados.

4. Segundo Lutero, como os fiéis são perdoados por seus pecados?

De acordo com Lutero, a carta de indulgência não é necessária, os fiéis se redimem de seus pecados por meio do arrependimento verdadeiro.

5. De acordo com seus conhecimentos, que outras críticas foram feitas à Igreja Católica pelos protestantes?

Os protestantes criticaram também a venda de relíquias sagradas, o excessivo poder político concentrado nas mãos do papa, a opulência do clero e a venda de cargos eclesiásticos.

Realizar a correção dos exercícios oralmente para que os alunos possam esclarecer possíveis dúvidas sobre o que motivou a Reforma Protestante. Comentar que, em um primeiro momento, o intuito foi reformar a estrutura da Igreja Católica. Martinho Lutero buscou promover a reforma da Igreja por meio de suas teses, entretanto, sua ação resultou em sua excomunhão e, posteriormente, impulsionou a fundação das religiões protestantes.

Explicar as principais características das religiões protestantes (Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo) que surgiram nesse período. Não se esquecer de ressaltar que as Igrejas que hoje chamamos de evangélicas têm origem nas igrejas protestantes que surgiram no início do período moderno. É importante explorar não somente as características das distintas religiões protestantes, como também esclarecer o que as diferencia da Igreja Católica.

Aula 3

Nesta aula, informar aos alunos que será abordado o tema Contrarreforma. Retomar com os alunos quais foram as principais ações tomadas pela Igreja Católica para deter o avanço das religiões protestantes. Citar, por exemplo, as reformas das antigas ordens religiosas e a criação de novas congregações, como a Companhia de Jesus. Outra medida tomada pela Igreja diz respeito aos tribunais da Inquisição. Criados no início do século XII, esses tribunais, ao longo do tempo, reduziram suas atividades, mas, diante do avanço das religiões protestantes, foram reativados. Entre suas funções estavam a proibição de certos livros e a perseguição aos que não professavam a fé católica.

Em seguida, distribuir e ler com os alunos o excerto abaixo, retirado do livro A Inquisição, escrito pela historiadora Anita Novinsky.

Procedimentos do Tribunal da Inquisição:

Os crimes julgados pelo Tribunal eram de duas naturezas: contra a fé, como judaísmo, protestantismo, luteranismo […]; e contra a moral e os costumes [...], com toda sua série de modalidades, e que se misturavam com o campo religioso.

Os crimes contra a fé eram considerados mais graves do que os crimes contra os costumes e a moral, e suas penas eram muito mais severas. Os réus acusados de crimes contra a fé tinham quase sempre seus bens confiscados, enquanto os infratores dos costumes recebiam sentenças leves e raramente pena de morte.

[…] A base sob a qual se apoiava a Inquisição moderna era a denúncia. Aceitavam-se denúncias de qualquer categoria de pessoas e mesmo cartas anônimas. O crédito das testemunhas dependia exclusivamente do arbítrio dos inquisidores. 'Ouvi dizer' e 'suposições' também eram considerados provas.

[…]

Todo réu, para salvar-se, tinha de confessar-se culpado, e acusar as pessoas de sua intimidade: pais, irmãos, parentes, amigos. Se não denunciasse a família era considerado diminuto, isto é, estava escondendo culpados […].

A tortura era aplicada sempre que se suspeitava de uma confissão incompleta ou quando a confissão era incongruente […].

A pena de morte pela fogueira recebiam os réus que recusavam confessar-se culpados. […] E também os 'relapsos', que, já tendo sido condenados, tornavam a pecar. […] Se no último momento, antes de se

aplicar a pena de morte, o réu se dizia arrependido, e pedia para morrer na lei de Cristo, era primeiramente estrangulado e depois atirado na fogueira. […].

Os inquisidores não aplicavam a pena capital com muita frequência, pois era mais conveniente ter os hereges presos, ou perambulando pelas ruas da cidade, ou confinados nas aldeias, para servirem de testemunho da grande e pia obra que realizava a Inquisição.

NOVINSKY, Anita. A Inquisição. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 56-64.

Esclarecer as possíveis dúvidas que possam surgir durante a leitura. Em seguida, pedir aos alunos que se sentem em duplas e façam a análise do documento, respondendo às perguntas.

1. Quem era julgado pelos tribunais da Inquisição?

Eram julgados pelos tribunais da Inquisição as pessoas que cometiam crimes contra a fé católica e contra a moral e os bons costumes.

2. Como os inquisidores identificavam os hereges que seriam julgados pelos tribunais da Inquisição?

Por meio de denúncias.

3. Como os réus conseguiam a absolvição?

Somente se salvavam os réus que se confessavam culpados.

4. Quais eram as penas dadas pelos tribunais da Inquisição para as pessoas condenadas por cometerem heresias?

As pessoas podiam ser queimadas vivas na fogueira, estranguladas, presas, obrigadas a ficar confinadas em aldeias, ter seus bens confiscados, além de outras penas mais leves.

5. Explique o que foi o Tribunal do Santo Ofício.

Resposta sugerida: Também conhecido como Inquisição, o Tribunal do Santo Ofício foi reativado durante a Contrarreforma para perseguir e julgar os hereges ou suspeitos de heresia, isto é, pessoas que seguiam doutrinas contrárias ou diferentes dos ensinamentos da Igreja Católica.

6. Em sua opinião, havia tolerância religiosa nesse momento? Justifique.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos consigam perceber que não havia tolerância religiosa nesse momento, pois aqueles que não seguiam a doutrina católica eram perseguidos, julgados e condenados pelos tribunais da Inquisição.

Usar o final da aula para fazer a correção coletiva, procurando averiguar se os alunos foram capazes de analisar o documento histórico e extrair informações para compreender como se deu a atuação da Inquisição no período moderno.

Aula 4

Iniciar a aula retomando com os alunos o que foi a Reforma Protestante e a Contrarreforma. Fazer perguntas como: "Vocês se lembram do que foi a Reforma Protestante?", "O que motivou a Reforma?", "Quais as principais críticas feitas à Igreja Católica?", "Quais religiões protestantes surgiram nesse período?", "Quais as principais diferenças entre a Igreja Católica e as religiões protestantes?", "Quais as principais iniciativas da Igreja Católica para deter a difusão das religiões protestantes?".

Propor como atividade final desta sequência didática a realização de seminários sobre temas relacionados à Reforma Protestante e à Contrarreforma. A ideia é que a turma possa aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo trabalhado. Solicitar aos alunos que se organizem em grupos e escolham o tema do seminário. Caso seja necessário, sugerir alguns assuntos para ajudá-los na escolha. A lista abaixo apresenta algumas opções.

A Reforma Protestante e o surgimento da imprensa.

O Calvinismo e o capitalismo.

A fundação da Companhia de Jesus.

A criação do Índice dos Livros Proibidos, o Index.

A Inquisição e a caça às bruxas.

A Inquisição no Brasil.

Os jesuítas no Brasil.

É necessário orientar os alunos na execução da atividade. Explicar que eles devem realizar uma pesquisa sobre a temática selecionada e reunir material sobre o assunto, incluindo textos, imagens, mapas etc. É importante ajudá-los a encontrar material e indicar páginas da internet, livros e revistas de história que contenham informações confiáveis.

Orientar os alunos a ler o que encontraram, selecionar aquilo que é mais importante e que deve compor o conteúdo a ser apresentado. Sugerir que redijam um texto com aquilo que irão falar no seminário ou mesmo façam um roteiro de fala. Os alunos poderão usar, na apresentação, a própria lousa, o aparelho de projetor ou confeccionar cartazes. Os seminários devem durar, no máximo, 10 minutos cada um.

Aula 5

Nesta aula, os grupos devem apresentar os seminários para os demais alunos da classe. Procurar corrigir, ao final de cada apresentação, possíveis equívocos nos conteúdos, destacar o que há de mais importante em cada assunto ou mesmo acrescentar informações relevantes sobre os temas.

Para trabalhar dúvidas

Como estratégia para sanar dúvidas, reler os documentos históricos individualmente com os alunos que tiverem dificuldades para fazer as análises e extrair as informações pedidas nas perguntas. Caso palavras desconhecidas dificultem a compreensão do conteúdo, orientar os alunos a consultar um dicionário e escrever seu significado logo abaixo da palavra que não sabem, pois isso torna a leitura fluida e facilita a compreensão do texto.

Avaliação

É necessário avaliar todas as atividades realizadas pelos alunos ao longo das aulas: a participação de cada um nas discussões, a análise dos documentos históricos, o conteúdo e a apresentação do seminário.

Os alunos devem participar ativamente das discussões, respondendo aos questionamentos propostos, solucionando dúvidas ou mesmo prestando atenção à dinâmica. Procurar estimular os alunos menos participativos concedendo a palavra a eles.

Por meio da análise de parte das 95 teses de Martinho Lutero, os alunos devem conseguir extrair do documento as informações necessárias para responder às perguntas. Com a atividade, eles devem compreender quais as principais críticas feitas pelo monge à Igreja Católica e como sua ação impulsionou a Reforma Protestante na Idade Moderna.

No que diz respeito à avaliação da atividade baseada no excerto do livro de Anita Novinsky, A Inquisição, os alunos também devem conseguir encontrar as informações pedidas nas perguntas no conteúdo do texto. Esta atividade deve permitir aos alunos compreender como funcionava o Tribunal do Santo Ofício na Idade Moderna  quem foi perseguido, por quais motivos, como os tribunais funcionavam, como eram dadas as penas etc.  e entender a ação desta instituição como uma das iniciativas da Igreja Católica para conter o avanço das religiões protestantes.

Por fim, avaliar os seminários. Verificar se o conteúdo apresentado é coerente com o tema escolhido e se as informações estão corretas e completas. Avaliar também se os materiais de apoio utilizados na apresentação contribuíram na transmissão do conteúdo ou eram meramente ilustrativos. É importante também observar se os alunos conseguiram fazer a apresentação no tempo estipulado e se foram didáticos e claros na forma de transmitir o conteúdo. Como sugestão, há abaixo uma ficha avaliativa.

Acompanhando as atividades

Nome do(a) aluno(a): _____________________________________________________ Turma: _________

1. Realiza a pesquisa de dados sobre as religiões do Brasil de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

2. Participa da leitura de trechos selecionados da obra de Martinho Lutero e compreende o que isso significa de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

3. Realiza a leitura do trecho do texto Procedimentos do Tribunal da Inquisição e o compreende de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.

4. Coopera na pesquisa e na realização do seminário de forma:

( ) insatisfatória.

( ) parcialmente satisfatória.

( ) satisfatória.

( ) totalmente satisfatória.



Igreja Católica

Igreja Protestante

A salvação

A salvação se dá pela fé e pelas boas ações (prática da caridade).

A salvação se dá pela fé.

As fontes da fé

A Bíblia e a tradição da Igreja Católica.

A Bíblia.

Bíblia

Em latim. Os representantes da Igreja faziam a interpretação da Bíblia para os fiéis.

Tradução da Bíblia para que os próprios fiéis pudessem fazer a interpretação.

O papado

O sumo pontífice é o sucessor do apóstolo Pedro e, portanto, chefe da Igreja Católica, nomeado por Deus.

Não existe a figura do papa nas igrejas protestantes, pois essa ideia não está presente na Bíblia.

Os sacramentos

Existem sete sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, matrimônio, penitência, ordem e extrema-unção.

Existem dois sacramentos: batismo e eucaristia.

O culto

Missa falada em latim.

Missa simplificada. Substituição do latim por língua falada na região.

Para finalizar, sistematizar com os alunos o que foi discutido no decorrer das aulas. Solicitar que completem a tabela abaixo com as características das religiões católica e protestante na Idade Moderna.