08 julho 2021
18 junho 2021
Sequência Didática: Jogos eletrônicos Apresentação
Componente curricular: Educação Física Ano: 6º bimestre: 1º
Sequência didática 3
Unidade temática |
Brincadeiras
e jogos |
Objeto de conhecimento |
Jogos
eletrônicos |
Jogos eletrônicos
Apresentação
As brincadeiras e os jogos fazem parte da cultura
humana e estiveram muito presentes na infância dos brasileiros. Brincar na rua
e construir os próprios brinquedos eram comuns em nossa infância. Com o passar
das gerações, estão cada vez mais presentes os jogos eletrônicos, os quais
promovem um rápido encantamento entre as crianças que têm acesso a eles.
Os jogos eletrônicos podem proporcionar diferentes experiências e oportunizar inovações na aprendizagem em vários espaços, inclusive na escola. O aspecto mais relevante do ensino e da abordagem dos jogos eletrônicos nas aulas de Educação Física é a garantia da construção, da experimentação e da avaliação dos modelos de realidade que esses jogos eletrônicos promovem, quando usamos esses modelos para simular situações do cotidiano de nossos alunos.
Objetivos de aprendizagem
Objetivo geral
·
Contribuir para a ampliação do entendimento
sobre os jogos eletrônicos como um objeto de conhecimento da unidade temática
brincadeiras e jogos, por meio de experimentações, conceituações e sensações.
Objeto de conhecimento/Habilidades
Jogos eletrônicos
·
(EF67EF01)
Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos,
valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por
diferentes grupos sociais e etários.
·
(EF67EF02)
Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em
função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais
colocadas por esses diferentes tipos de jogos.
Tempo previsto: 3 aulas
Aula 1
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão em grupos, com a
intermediação do professor.
Objetivo específico de aprendizagem
·
Classificar os modelos de jogos eletrônicos.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula e quadra
Material: imagens impressas de jogos eletrônicos
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Inicie a aula questionando aos alunos: “O que seriam jogos eletrônicos?”.
Escute afetivamente todas as proposições. Então, explique que os jogos
eletrônicos fazem parte da categoria brincadeiras e jogos em toda a humanidade
e que a escola tem o papel de ensinar por meio dos jogos eletrônicos e o de
ensinar sobre jogos eletrônicos. Ou seja, cabe à escola tematizar como os jogos
eletrônicos foram se constituindo como um elemento relevante para a cultura
corporal de movimento.
Momento 2
– Organize a turma em grupos de cinco alunos. Comente que vai apresentar um
desafio a eles. Entregue a cada grupo imagens de gêneros distintos de jogos
eletrônicos (essas imagens podem ser capturadas facilmente no Google Imagens).
Solicite que agrupem essas imagens de jogos eletrônicos em categorias, ou seja,
eles deverão estabelecer um tipo de classificação. Esclareça que, nesse
momento, eles devem criar aproximações entre os jogos eletrônicos representados
nas imagens.
Momento 3 –
Agora, solicite às equipes que expliquem para toda a turma como agruparam os
jogos eletrônicos. Valorize as colocações dos alunos e avalie o entendimento
deles acerca do tema, tendo em vista que nas imagens estão representados vários
tipos de jogos eletrônicos.
Momento 4
– Após todas as apresentações, explique a classificação dos jogos eletrônicos
por meio do gênero:
·
Jogos de ação: são jogos de tempo real, em que o
jogador deve reagir rapidamente a algum acontecimento. Exemplo: Tomb Raider.
·
Jogos de simulação: buscam reproduzir com
autenticidade um fenômeno ou um acontecimento real. Exemplo: Minecraft.
·
Jogos de simulação de esportes: o principal
aspecto desse jogo é que o controle sobre as personagens não é mecânico.
Exemplo: Fifa – o jogador de futebol
se cansa, se lesiona e pode ter habilidades distintas.
·
Jogos de aventura: exigem que o jogador reflita,
possuem um enredo com várias situações e contam com a solução de um problema ao
longo da ação. Exemplo: Zelda.
·
Jogos educativos: ensinam enquanto divertem;
existem vários desses jogos eletrônicos por meio de aplicativos para celulares.
Exemplo: Escola games, disponível de
forma livre e on-line.
·
Jogos de estratégia: exigem que o jogador
gerencie um conjunto limitado de recursos para atingir um objetivo predefinido.
Exemplo: Halo.
Momento 5
– Leve os alunos para a quadra. Esse é o momento de começar a experimentar os
jogos eletrônicos. Explique aos alunos que eles vão utilizar as marcações
convencionais da quadra para vivenciar um clássico jogo eletrônico, o Pac-Man: explique que eles só podem se
locomover por cima das linhas que demarcam a quadra. Determine a forma de
locomoção que eles podem adotar: nas primeiras partidas, pode ser andando;
posteriormente, pode ser correndo. Com relação às regras do jogo: escolha um
aluno para ser o pegador ou, na nossa situação de aprendizagem, o come-come.
Esse aluno deve capturar outros alunos; ao tocar outro aluno, este deve sentar-se
no local em que foi capturado. Para os demais, esse aluno sentado se torna uma
barreira. Somente o pegador/come-come pode ultrapassar os alunos sentados. O
objetivo do jogo é conseguir capturar todos os alunos. Algumas variações podem
ser executadas; por exemplo, aumentar o número de pegadores/come-come e criar
momentos em que os alunos possam ultrapassar os alunos sentados (como se fosse
um poder temporário, tipo de situação comum nos jogos eletrônicos).
Momento 6
– Ao final do jogo, convide os alunos a indicar em qual categoria o jogo Pac-Man se enquadra. Elabore uma breve
revisão por meio de perguntas sobre os outros gêneros de jogos eletrônicos
citados na aula. Explique que a função da vivência desse jogo foi comprovar que
os jogos eletrônicos simulam situações da vida. Na proposta em questão, a
lógica interna do jogo era capturar e fugir.
Aula 2
Gestão dos alunos: Os alunos devem trabalhar coletivamente,
com intermediação do professor.
Objetivo específico de aprendizagem
·
Identificar modelos de jogos eletrônicos que
envolvem movimentos corporais.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula
Materiais: celular, computador e projetor
digital
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Explique que nesta aula o foco estará sobre os jogos eletrônicos que envolvem
movimentos corporais. Comente que existem alguns consoles que utilizam o
recurso sensor de movimento, tais como Nintendo Wii, Wii U, XBOX 360, XBOX One,
PSP 3, PSP 4, entre outros. Pergunte se algum aluno conhece algum console com
esse recurso. Então, explique que alguns aplicativos de celulares também
utilizam sensores de movimento. Pergunte se conhecem algum aplicativo assim e o
que acham da experiência de jogo eletrônico com movimentos.
Momento 2
– Esclareça aos alunos a importante diferença de ensinar por meio de jogos
eletrônicos e ensinar o conteúdo jogos eletrônicos. Essa diferença vai ficar
mais evidente nesta e na próxima aula. Para esse encontro, a proposta de
experimentação será por meio do jogo eletrônico Just Dance Now. Ele simula a coreografia de danças conhecidas
mundialmente e é um dos jogos eletrônicos mais conhecidos e renomados de
simulação de danças, com reprodução em vários consoles. Caso não seja possível
a utilização de algum console na escola, esse jogo pode ser acessado por meio
de aplicativo de celular, com espelhamento em qualquer computador; basta ter
acesso à internet. Outra vantagem desse jogo eletrônico é a possibilidade de
utilizar vídeos projetados no YouTube, os quais os estudantes podem
reproduzir. Antes de iniciar a vivência, justifique assim a opção por esse jogo
eletrônico.
Momento 3
– Convide os alunos a experimentar o Just
Dance Now, escolhendo as músicas e buscando reproduzir as coreografias. A
fim de tornar a aula atrativa para todos, vários alunos podem participar ao
mesmo tempo da simulação de dança.
Momento 4
– Após a experimentação, algumas questões referentes à experiência devem ser
levantadas. Questione quem já conhecia o jogo eletrônico e faça perguntas
relacionadas ao conteúdo dança: “Quem tem vergonha de dançar?”; “Dançar é só
para mulheres?”. Perceba no grupo se o jogo eletrônico motivou aqueles alunos
que se sentem envergonhados de dançar. Comente que os jogos eletrônicos têm a
característica de ensinar por meio da brincadeira. A meta do jogo é conseguir
repetir o máximo de movimentos da dança executada; ao final, atribui-se uma
pontuação ao participante. Dessa forma, em várias situações o jogador fica mais
comprometido com o resultado do que com a própria coreografia em si.
Momento 5
– Comente a existência de outros simuladores, como o Kinect Sports, mas que o foco desta sequência didática são as
brincadeiras e os jogos e que, por isso, no próximo encontro o foco será
experimentar um jogo eletrônico que simule a lógica interna das brincadeiras
convencionais.
Momento 6
– Conclua a aula convidando os alunos a indicar em que classificação o jogo
eletrônico Just Dance Now se encaixa.
Momento 7
– A fim de que continuem os estudos em casa, solicite aos alunos que façam um
desenho que represente suas emoções nesta aula e que pesquisem quais outros
jogos eletrônicos utilizam movimentos corporais em sua vivência.
Aula 3
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão de forma coletiva,
com intermediação do professor.
Objetivo específico de aprendizagem
·
Conhecer jogos eletrônicos que simulam
brincadeiras.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula e diferentes espaços da escola acessíveis aos alunos
Materiais: papel, lápis de cor, fita
gomada e celular
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Receba e comente as imagens produzidas pelos alunos acerca da experiência com
o Just Dance Now. Pergunte se algum
aluno deseja apresentar seu desenho. Questione se, depois da aula, alguém
buscou jogar novamente esse jogo eletrônico.
Momento 2
– Agora pergunte sobre a pesquisa acerca de outros jogos eletrônicos que se
utilizam de movimentos corporais. Indague se esse tipo de jogo é realmente atrativo
e se os jogos citados são conhecidos por todos. Dependendo das possibilidades
da escola, sugira promover um dia inteiro para celebrar os jogos eletrônicos.
Nesse dia, entrariam em cena não apenas os jogos eletrônicos que envolvem
movimento, mas poderiam ser experimentados jogos no computador, simuladores de
futebol como o Fifa, jogos de
celulares, entre outros.
Momento 3 – Explique que essa aula é a última sobre os motivos que
nos levam a jogar esse modelo de brincadeira digital e que a experimentação
escolhida é a de uma brincadeira elaborada em jogo eletrônico.
O jogo eletrônico escolhido
para fechar esta sequência didática é o Pokémon
Go. A opção por esse jogo eletrônico se justifica pela ampla divulgação que
o desenho animado que lhe deu origem tem nessa faixa etária.
Momento 4
– Retome a diferença entre ensinar por meio de jogos eletrônicos e ensinar
sobre um jogo eletrônico. O Pokémon Go
é a simulação de uma brincadeira de captura de Pokémons que transforma o
jogador em um verdadeiro mestre Pokémon.
Momento 5
– Esse jogo exige celular com acesso à internet. Para garantir o jogo na
prática, seria necessário que todos os alunos tivessem acesso a esse recurso.
No entanto, em nossa aula faremos o seguinte:
·
Imprima várias imagens de Pokémons para os alunos colorirem de acordo com
o desenho original.
·
Em seguida, um grupo de alunos será designado a
distribuir e colar esses Pokémons por toda a escola. Quando todos os Pokémons
estiverem distribuídos pela escola, os demais alunos devem caçá-los em um tempo
determinado pelo professor. Para garantir a captura, o aluno deve tirar uma
foto do desenho assim que o encontrar. Caso não haja muitos celulares, os
alunos podem ser organizados em duplas ou grupos. Outra possibilidade é, em vez
de tirarem foto, guardarem o desenho. A fim de manter a brincadeira
interessante, solicite aos alunos que registrem com fotos ou anotações o nome
dos Pokémons.
Momento 6
– Terminada a brincadeira, avalie com os alunos essa vivência. Pergunte quem já
havia jogado Pokémon Go antes e se a
brincadeira conseguiu se aproximar do jogo eletrônico.
Momento 7
– Por fim, pergunte aos alunos em que classificação de jogo eletrônico o Pokémon Go se encaixa.
Acompanhamento da aprendizagem
É possível verificar e acompanhar a aprendizagem dos
alunos por meio de observações e anotações que sintetizem os diferentes
momentos trabalhados, como:
·
Como foi a participação de cada aluno durante a
exposição oral? Nas atividades coletivas, quem fala, mas não ouve? Quem apenas
ouve? Que encaminhamentos poderão ser feitos para alterar esse quadro, de forma
a garantir uma participação mais equilibrada de todos?
·
A atividade ajudou os alunos a ampliar o próprio
repertório no quesito jogos eletrônicos?
·
Os alunos se divertiram com o que foi proposto
na atividade? Como isso pôde ser percebido?
·
Os alunos conseguiram diferenciar os jogos
eletrônicos como conteúdo e como ferramenta?
·
Os alunos compreenderam a classificação dos
jogos eletrônicos?
Após o trabalho com a sequência didática, apresente
aos alunos a autoavaliação a seguir. Se preferir, reproduza as questões na
lousa e peça que as copiem e respondam.
AUTOAVALIAÇÃO |
SIM |
MAIS OU
MENOS |
NÃO |
Gostei de experimentar os jogos eletrônicos
propostos? |
|
|
|
Consigo classificar os jogos eletrônicos? |
|
|
|
Participei ativamente das atividades? |
|
|
|
17 junho 2021
O hip-hop e a discriminação racial
Componente curricular: Educação Física Ano: 6º Bimestre: 1º
Sequência didática 2
Unidade temática |
Danças |
Objeto de conhecimento |
Danças
urbanas |
O hip-hop e a discriminação
racial
Apresentação
Nesta sequência didática tratamos do break, expressão artística da dança que é um dos pilares do hip-hop, e uma questão implícita em sua abordagem: o racismo. Retomamos que o hip-hop é um movimento cultural maior, que abrange diferentes vertentes: além da dança, também a música (representada pelo DJ – Disc Jockey e pelo MC – Mestre de Cerimônia) e a arte visual (representada pelo grafite). Entendemos que as danças urbanas buscam uma mensagem de respeito ao jovem negro da periferia, também produtor de cultura e arte. Diante disso, o freestyle é o estilo que oferece maior liberdade ao dançarino ao criar suas composições.
Objetivos de aprendizagem
Objetivos gerais
· Vivenciar a dança e refletir sobre o preconceito e o racismo por meio de experiências estéticas significativas.
Objeto de conhecimento/Habilidades
Danças urbanas
·
(EF67EF11)
Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos
constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
· (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas.
Tempo previsto: 3 aulas
Aula 1
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão coletivamente, com a mediação do professor.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Favorecer o desenvolvimento de habilidades para
as danças urbanas e mais especificamente o estilo de dança freestyle.
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula
Materiais: lousa, caneta/giz para lousa, caderno, caneta, equipamento para projeção de imagens e vídeos (projetor digital, computador ou aparelho de DVD), aparelho de som e mídias de música (celular, pen drive ou CD)
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Converse com os alunos sobre a manifestação hip-hop, retomando seus pilares: o DJ – Disc Jockey, que mixa as músicas; o MC – Mestre de Cerimônia,
responsável pela parte do canto; o break,
que se refere à dança; e o grafite – desenhos e pinturas. De forma mais
específica, trate da fundamentação do
hip-hop, baseada na luta contra o
preconceito racial, a miséria e a exclusão.
Momento 2
– Converse com os alunos realizando uma avaliação diagnóstica sobre as seguintes
questões:
a) O que é
preconceito? b) O que é racismo? c) O que é exclusão? d) Há práticas racistas na escola/na
sua cidade/no seu bairro? Como elas se manifestam?
Momento 3
– Comente com os alunos que há leis que inviabilizam e intimidam práticas racistas,
em favor da boa convivência na diversidade. Uma sugestão de leitura prévia a
fim de preparar a conversa com eles é a Lei federal nº 10.639/2003.
Momento 4
– Assista com os alunos ao curta-metragem Vista
a minha pele, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM>.
Acesso em: 31 jun. 2018. Trata-se de uma paródia da realidade brasileira, que
discute racismo e preconceito. Nessa história, os negros são a classe dominante
e os brancos foram escravizados. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda
em um colégio particular graças a uma bolsa de estudos. A maioria de seus
colegas a hostiliza, com exceção de sua amiga, filha de diplomata, que morou em
países pobres e tem outra visão da sociedade. Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas não é
fácil alcançar seus objetivos por conta do preconceito e do racismo da
sociedade.
Durante a exibição do filme, realize as intervenções
que achar necessárias ou anote questões para comentar e discutir com os alunos
após a exibição.
Momento 5 – Solicite aos alunos que façam um fichamento ou resumo do curta-metragem como tarefa, apontando as passagens em que eles perceberam relações de racismo e preconceito.
Aula 2
Gestão dos alunos: os alunos trabalharão coletivamente, com a mediação do professor.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
· Encorajar a tolerância ao próximo de modo a primar pela boa convivência no mesmo espaço/tempo e a enriquecer o aprendizado na diversidade cultural.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala de
aula ou sala de multimídia
Materiais: lousa, caneta/giz para lousa, caderno e caneta
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Solicite aos alunos a tarefa que eles tinham para realizar. Na lousa, elabore
um quadro-
-síntese do curta-metragem assistido na aula anterior. Para preenchê-lo, dê voz
aos alunos.
Enredo do vídeo |
Síntese |
Trechos de preconceito e racismo |
Situação inicial: apresentação do cenário e das
personagens; ordem social existente. |
Resumir em tópicos. |
Apontamento de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Conflito: desequilíbrio ou ordem perturbada. |
Resumir em tópicos. |
Apontamentos de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Desfecho: desenlace ou ordem restabelecida, ou fim da
história. |
Resumir em tópicos. |
Apontamentos de situações. Frases dos alunos que identifiquem o preconceito e o
racismo. |
Momento 2 – Discuta e analise o quadro-síntese com os alunos, solicitando que eles estabeleçam relações de preconceito e racismo em seus espaços e tempos cotidianos, por exemplo, na aula de Educação Física. Saliente que, ainda hoje, a escola valoriza apenas a cultura do colonizador – eurocêntrica, masculina, branca, heterossexual e cristã. Estimule-os a refletir sobre as demais culturas e os conhecimentos que as crianças e os jovens trazem em sua bagagem. Questione: “Estaria havendo uma desvalorização ou uma desconsideração do que o Brasil possui por excelência – a diversidade ou pluralidade cultural?”; “E quanto aos afrodescendentes, eles têm vez e voz na sociedade?”. Auxilie-os, levando-os a perceber as relações de poder, exclusão e submissão do negro no Brasil desde o processo colonizador ocorrido no início da história do país. Conduza-os a estabelecer metas de convívio social guiadas pelo respeito às diferenças, de modo a repudiar a discriminação e o preconceito étnico aqui ressaltado. Finalize esse momento estabelecendo e mediando uma reflexão sobre esta frase do antropólogo e sociólogo francês Marcel Mauss: “O que nos faz iguais é nossa capacidade de nos diferenciarmos uns dos outros”. Comente que somos todos diferentes e que não é a cor da pele que nos fará melhores ou piores; somos apenas diferentes. E que bom podermos também nos manifestar de formas diferentes
Momento 3 – Solicite aos alunos que, inspirados no curta-metragem e
com base em suas próprias experiências e vivências, pesquisem músicas para a
próxima aula. Sugestão: "Racismo é burrice", música de Gabriel, o
Pensador. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MDaB8muAANc>.
Acesso em: 31 jul. 2018. Solicite ainda que tragam suas pesquisas musicais para a próxima aula e que exercitem a composição de um rap, ou seja, que escrevam a letra de um rap inspirados na discussão e na reflexão sobre o preconceito e o racismo.
Aula
3
Gestão dos alunos:
alunos organizados em quartetos.
Objetivos específicos de aprendizagem
·
Favorecer o desenvolvimento de habilidades para
as danças urbanas e mais especificamente do estilo de dança freestyle.
·
Estimular uma reflexão crítica que potencialize
o respeito pela diversidade cultural, de gênero, de raça, de potencialidades e
de escolhas.
·
Estimular a aceitação de ideias criativas para a
elaboração de produções artístico-culturais na prática corporal dança, no
estilo freestyle.
· Encorajar a tolerância ao próximo de modo a primar pela boa convivência no mesmo espaço/tempo e a enriquecer o aprendizado na diversidade cultural.
Recursos didáticos
Espaço físico: sala
ampla sem móveis
Materiais: caderno, caneta, aparelho de som, mídias para músicas e câmeras gravadoras (celular)
Desenvolvimento da aula
Momento 1
– Organize os alunos em quartetos. Nos grupos, cada aluno deverá expor aos
companheiros sua composição rítmica/rap,
isto é, o texto ou a letra da música que ele compôs.
Momento 2
– Solicite que cada quarteto realize a edição das composições apresentadas,
formando apenas uma música a partir das quatro letras e dos ritmos
apresentados. Oriente-os a incluir um refrão repetitivo na música final.
Momento 3
– Peça aos alunos que gravem suas músicas. O registro é importante para não
esquecerem o ritmo e a letra. Estabeleça um período de 20 minutos para essa
atividade.
Momento 4
– Agora os alunos deverão sugerir um passo-base (ou seja, um movimento de dança
característico do freestyle, já
vivenciado em aulas anteriores ou inspirado no filme assistido) para acompanhar
o refrão da música. Estipule 10 minutos para essa tarefa.
Momento 5
– Solicite que componham gestos significativos para acompanhar outros momentos
do musical performático. Mais 10 minutos para essa atividade.
Momento 6
– Agora os alunos deverão gravar sua performance.
Estipule mais 10 minutos para a atividade.
Momento 7
– Todos os quartetos deverão partilhar suas composições coreográficas e
musicais, apresentando-se para os colegas. Grave a performance de todos.
Momento 8 – Promova um fechamento reflexivo, conversando com os alunos sobre o poder da arte e, em especial, sobre como é possível manifestar-se por meio do hip-hop. Ressalte o multiculturalismo que muitas vezes está oculto na escola. Comente que todos são iguais no que diz respeito ao direito de ser e estar na sociedade e que essa metodologia de estudo e aprendizagem é um exercício que pode ser diário, exercitando-se a tolerância, a aceitação do outro, a partilha. Lembre aos alunos que se faz necessário ouvir e que expor ideias e posicionamentos e formar novos conceitos é sinal de abertura e de bom convívio. É o exercício da cidadania que a escola tanto privilegia em sua fundamentação.
Acompanhamento da aprendizagem
Em cada aula, é importante estar atento ao processo
de ensino e aprendizagem. Quando necessário, ajuste diferentes maneiras de
abordar o mesmo assunto. A ação didática e pedagógica permite flexibilidade, de
modo que possamos nos expressar e propor metodologias de ensino e aprendizagem
a fim de atingir todos os alunos. Para tanto, propomos as seguintes ações:
·
Observe os alunos constantemente durante cada
atividade proposta.
·
Registre, em cada aula, os procedimentos dos
alunos, como se manifestaram, se foram participativos de modo geral e
particular, se houve comportamentos de apatia ou empatia em relação ao tema e à
atividade propostos.
·
Observe e verifique quem estabelece manifestação
oral dos conteúdos na dimensão conceitual e quem se manifesta mais
participativo na dimensão procedimental do conteúdo, mediante as vivências
propostas.
·
Observe as facilidades e dificuldades dos alunos
na exposição de ideias e conceitos que já trazem na bagagem, na tolerância e na
aceitação das manifestações orais e procedimentais/práticas ou expressivas dos
colegas de turma e na exploração das tecnologias como ferramentas de
aprendizado.
· Observe e verifique se os objetivos da sequência didática foram atingidos ou se há necessidade de aumentar o número de aulas para explorar o tema.
Para verificar o processo de ensino e aprendizagem, é
válido e importante que o próprio aluno faça suas considerações e se
autoavalie. Após o trabalho com a sequência didática, apresente aos alunos a
autoavaliação a seguir. Se preferir, reproduza as questões na lousa e peça que
as copiem e respondam.
AUTOAVALIAÇÃO |
SIM |
MAIS OU
MENOS |
NÃO |
Participei com atenção das atividades propostas? |
|
|
|
Expressei verbalmente e respeitei a opinião e as
formas de expressão rítmica dos meus colegas? |
|
|
|
Realizei com dedicação as tarefas propostas? |
|
|
|
Contribuí para a composição e a edição do rap e da coreografia? |
|
|
|
Se julgar oportuno, com os alunos em roda, proponha
estas reflexões:
·
Do que você mais gostou nessas três aulas? E do
que menos gostou?
·
O que achou do filme? Aprendeu novos conceitos
com ele? Ele contribuiu para uma reflexão sobre a liberdade de expressão, o
preconceito e o racismo?
·
Qual foi sua maior dificuldade durante essas
aulas? E a maior facilidade?
·
De um a dez, como você julga sua participação,
seu envolvimento e seu aprendizado nessas aulas?
Fonte: PNLD Moderna
09 junho 2021
Bloco de atividades: Contos Populares aulas remotas
LÍNGUA
PORTUGUESA - 1ª, 2ª E 3ª AULA – CONTOS POPULARES
Neste bloco estudaremos sobre contos populares e para vocês
compreenderem melhor os textos apresentados aqui, faremos um breve relato sobre
esse gênero e suas características.
A palavra conto deriva do termo latino
computus, que significa “conta”. O conceito faz referência a uma narrativa
breve e fictícia. A sua especificidade não pode ser fixada com exatidão, pelo que a
diferença entre um conto extenso e uma novela é difícil de determinar.
Um conto apresenta um grupo reduzido de
personagens e um argumento não demasiado complexo, uma vez que entre as suas
características aparece a economia de recursos narrativos.
É possível distinguir entre dois grandes
tipos de contos: o conto popular e o conto literário.
O conto popular tende a estar associado
às narrativas tradicionais que são transmitidas de geração em geração,
oralmente (de “boca em boca”). Podem existir várias
versões de um mesmo relato, tendo em conta que há contos que conservam uma
estrutura semelhante embora com diferentes detalhes.
O conto literário, por sua vez, está
associado ao conto moderno. Trata-se de relatos concebidos por escrito e
transmitidos da mesma forma. Apesar de a maioria dos contos populares não
apresentarem um autor diferenciado, o caso dos contos literários é diferente,
já que o seu criador costuma ser conhecido.
Todo conto precisa possuir um narrador,
ele é o responsável por apresentar os fatos. Esse tipo de gênero textual teve
origem na tradição que se tinha de contar histórias verbalmente, onde os pais
escutavam-nas de seus pais e as transmitiam aos seus filhos.
Entre os contos escritos na língua de
Camões, destaca-se A Gravura (de Irene Lisboa), que faz parte das histórias
sobre os “Sonhos in «Uma Mão Cheia de Nada Outra de Cousa Nenhuma”, Porto,
Livraria Figueirinhas, s/d.
Os contos eram usados para relatar
histórias fantasiosas ou folclóricas, por exemplo. Por muito tempo foi assim, devido a isso o conceito
ficou relacionado a esses temas por um certo período. Mas quando novas técnicas
e estilos de escrita foram adotadas, o termo se tornou mais abrangente.
Uma das características do conto é que
ele possui um enredo único, geralmente focando apenas em uma situação. E um
conto também é simples de ser interpretado, ao contrário de outros gêneros
textuais. Nele também as histórias costumam se desenrolar em um espaço de tempo
mais curto.
O Dicionário da Língua Portuguesa da
Porto Editora menciona que a palavra conto também se pode referir ao relato
indiscreto de um sucesso, à narração de um sucesso falso ou a um engano. Por
outras palavras, uma mentira, uma peta ou ainda um boato. Por exemplo: “O Pedro
veio com o conto (a história) que não consegue arranjar um emprego”.
A frase “Conto da Carochinha” é usada no
Brasil para quando uma pessoa está contando uma mentira.
Para começar vamos fazer a leitura com bastante atenção do texto a seguir.
Atividades das aulas 1, 2
e 3
OS DOIS PAPUDOS
Ruth
Guimarães
Vivia
numa povoação um alegre papudo, estimado de todos, muito folgazão e
boêmio. Não o impedia o papo de soltar grandes risadas. Pouco se lhe dava que o
achassem feio, ou o chamassem de papudo. A verdade é que o tal papo o
incomodava, mas o que não tem remédio remediado está, filosofava ele. E vamos
tocar viola, e vamos amanhecer nos fandangos, viva a alegria, minha
gente, que se vive uma vez só.
Certo
dia, foi ao povoado vizinho, a uma festa de casamento, levando embaixo do braço
a inseparável viola. Demorou mais que de costume, bebeu uns tragos a
mais, porém não deixou de voltar para casa, pois era tão trabalhador quanto
festeiro, e tinha que pegar no serviço no outro dia bem cedo.
Havia luar. Num grande estirão avistava a
estrada larga, as touceiras de mato. Passava o gambá por perto dele, e o
tatu, roncando, e voava baixo, silenciosamente, a corujinha campeira. O
papudo não sentia medo. Andava em paz com Deus e com os homens. Os animais, que
adivinham nele um homem de coração compassivo, também não tinham medo
dele.
De
repente, ao virar numa curva, viu embaixo da figueira-brava, ramalhuda,
uma roda de anões cantando. Todos com capuzes vermelhos, cachimbo com a brasa
luzindo, a barba branca comprida, descendo até a altura do peito.
--
O que será aquilo?
Por um
instante teve algum temor. Mas era tarde para fugir. Os foliões já o tinham
visto. E, se tratava de festa, isto era com ele. Saltou decidido para o meio da
roda, empunhando a viola.
-- Eu
também sei cantar.
Enquanto
pinicava as cordas, prestava atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam:
Segunda, terça
Quarta,
quinta...
E tornavam ao
começo:
Segunda, terça
Quarta,
quinta...
E assim sempre
[...]. Acostumado aos desafios, a improvisar, o papudo esperou a sua
deixa. Assim que os anões começaram:
Segunda, terça
Quarta,
quinta...
Ele emendou:
Sexta, sábado
Domingo também.
A roda pegou
fogo. Os pequenos duendes barbudos gostaram da novidade. Rodopiavam cantando
numa animação delirante, e foi assim a noite toda. E o papudo tocando e
dançando.
De madrugada,
ao primeiro cantar do galo, a roda se desfez. O mais velho deles, e que parecia
o chefe, perguntou-lhe:
-- Que é que você quer,
em paga de ter tocado para nós?
-- Eu até que me diverti com esta festa - replicou
o papudo.
-- Mas peça qualquer coisa.
-- Posso pedir seja o que for?
-- Pode.
-- Eu queria - disse ele, meio
hesitante - queria me ver livre deste papo, que me incomoda muito.
Um anãozinho agarrou o papo
com as duas mãos, subiu pelo peito do papudo, firmou bem os pés, deu um
arrancão.
O papudo fechou
os olhos.
-- Agora eles
me matam.
De repente
sentiu o pescoço leve. Abriu os olhos. Os anõezinhos tinham sumido. Não ouviu
mais nada. Meio cinzento, despontava o dia.
"Sonhei",
pensou ele. "Bebi demais naquele casamento."
Passou a
mão pelo pescoço, estava liso, sem excrescência nenhuma.
"Agora
fiquei mais bonito", pensou também, muito satisfeito.
E aí deu
com o papo jogado em cima do cupim.
Agarrou a
viola e foi para casa.
Imagine-se
a sensação que não foi, o papudo amanhecer, sem mais nem menos, sem o papo.
-- Que milagre
foi esse? - perguntavam.
Papudo ria,
papudo cantava, continuava folgazão como sempre, mas não contava a aventura, de
medo que o chamassem de louco, e não acreditassem.
Esse moço tinha
um compadre, que também era papudo.
E tanto apertou
o amigo, e tanto falou:
-- Eu também
quero me ver livre desse aleijão. Quero ficar bonito, e arranjar uma
namorada. Você não é amigo.
Foi assim, até
que o moço lhe contou tudo.
O outro
encarou, incrédulo.
-- Verdade?
-- Verdade.
-- O anão falou
que você podia pedir o que quisesse?
-- Falou.
-- E você em
vez de pedir riquezas, pediu para ficar sem o papo?
-- Ora, pobreza
não me incomoda, mas o papo incomodava.
-- Mas você é louco. Você é um burro.
Pedisse riqueza. Quem é rico, que é que tem o papo? Quem se incomoda com papo?
Eu, se fosse rico, me casaria com uma mulher bonita, do mesmo jeito. Você
é bobo. Onde é esse lugar, onde você encontrou os fantasmas?
O
outro preveniu:
--Compadre,
você vai lá com esganação, vai ofender os anõezinhos, e ainda se arrepende.
--
Nada disso. Você o que é, é um egoísta. Está formoso, que se danem os outros.
Aí
o moço encolheu os ombros e falou:
--
Sua alma, sua palma. Vá lá, depois não se queixe.
Ensinou
onde era, o compadre invejoso agarrou a viola e foi, noite alta, direitinho
como o outro tinha feito. Também era noite de luar. Também dançou a noite
inteira, cantando. Ao primeiro cantar do galo a roda se desfez.
--
Que é que você quer, em paga de ter tocado para nós?
O
papudo deu uma piscadela maliciosa para o anão e falou, esfregando o indicador
e o polegar, no gesto clássico, que significa dinheiro:
--
Eu quero aquilo que o meu compadre não quis.
Um
anãozinho foi ao cupim, tirou o papo do outro que estava lá, e grudou em cima
do papo do invejoso.
E
assim, por sua louca ambição, ele ficou com dois papos.
GUIMARÃES, Ruth (org.). Lendas e fábulas do
Brasil, 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1972.
Vocabulário Aleijão: deformidade física. Campeiro: próprio ou natural do campo. Compassivo: que tem ou revela compaixão. Cupim: ninho de insetos, cupinzeiro. Desafio: disputa musical em que dois cantores se
alternam com versos improvisados. Estirão: trajeto extenso. Excrescência: saliência, o que cresce a
mais. Fandango: baile popular, festa com dança. Folgazão: brincalhão. Ramalhudo: repleto de ramos. Touceira: grande touça, moita ou vegetação. Trago: aquilo que se bebe, gole. |
Para entender o texto:
1. O conto tem como personagem dois homens com uma
característica peculiar (próprio).
a) Que característica é essa? Os dois homens se
sentem satisfeitos com ela?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
b) Como as pessoas da história reagem a essa
característica das personagens?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Ao longo do conto, há uma oposição entre as duas
personagens principais. Qual é a diferença entre elas?
___________________________________________________________________________________
2. Releia o sexto parágrafo do texto:
a) Por que os foliões provocam medo no homem?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Que estratégia a personagem usa para enfrentar a
situação?
___________________________________________________________________________________
c) Como se caracteriza, no texto, o ambiente onde
se passa?
___________________________________________________________________________________
3. Por que os anões transformaram o homem?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. No fim do conto, as duas personagens principais
foram modificadas.
a) Que mudanças ocorrem com cada personagem?
___________________________________________________________________________________
b) Por que elas aconteceram?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Observe as expressões iniciais do primeiro e do
segundo parágrafos: “ Vivia numa povoação” e “ Certo dia”.
a) Qual delas indica que ocorrerá uma mudança na
história?
___________________________________________________________________________________
b) Qual delas marca quando acontece a narrativa?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Que expressões indicam quando terminam os
encontros com os anões?
___________________________________________________________________________________
7. Se as expressões apontadas nas questões 6 e 7
não fossem utilizadas, que efeito isso causaria no conto?
___________________________________________________________________________________
8. Em quanto tempo se desenvolveram as ações narradas na história?___________________________________________________________________________________
LÍNGUA
PORTUGUESA – 4ª e 5ª AULA – CONTO POPULAR
Uma coisa
puxa a outra
Diversão
na roça
Muitos contos populares se passam em ambiente
rural, e é nesse cenário que também se desenrola o conto “Os dois papudos”.
Como você viu, ao voltar de uma festa carregando sua viola, uma das personagens
principais encontrou anões na mata e, com sua cantoria, proporcionou-lhes muita
diversão e acabou tendo seu desejo realizado.
A viola é um instrumento musical que anima muitas
reuniões e festas na roça. Nas rodas de viola, as pessoas se reúnem em torno
dos violeiros para ouvir suas músicas e improvisos.
9. Observe atentamente a imagem a seguir e responda
às questões:
Roda de viola, de Francisco Severino, 2014. Óleo
sobre tela, 40x 60 cm.
a) A cena retratada na pintura remete a um ambiente
rural? Justifique sua resposta citando elementos da obra.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) O título da obra é Roda de viola. Relacione esse título ao que é retratado na pintura.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Retornando ao conteúdo estudado nos blocos
anteriores “Variação linguística”, leia o trecho a seguir, retirado do conto “
Os papudos”.
Enquanto pinicava as cordas, prestava atenção às
palavras do dançarino.
Eles entoavam:
Segunda, tergggc
Quarta,
quinta ...
a) Identifique nesse trecho uma expressão
relacionada ao ato de tocar viola.
___________________________________________________________________________________
b) Considerando a situação apresentada no conto, o
que essa expressão significa?
___________________________________________________________________________________
c) Reescreva a frase em que a expressão é
utilizada, substituindo-a pelo significado indicado na resposta do item b.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Após a reescrita, que mudança é possível observar na frase.
___________________________________________________________________________________Para relembrar:
Variação
linguística é o
fenômeno comum a todas as línguas de apresentar variações em função da época,
região, situação de uso e das particularidades dos falantes. Essas variações
podem ser percebidas tanto na análise das escolhas das palavras e expressões
como na estrutura da frase e na pronuncia de alguns fonemas.
O conto popular “Os dois papudos”, por exemplo,
registrou algumas expressões tipicamente orais, utilizadas em determinada
região do Brasil.
Variedade
regional ocorre
em função da cultura dos falantes de uma região.
Do ponto de vista linguístico, não há uma variedade
melhor ou pior do que outra, ou uma mais correta. Qualquer falante é usuário
competente de sua língua materna, no entanto, é preciso apropriar-se das
variedades de maior prestigio social e saber empregar os diferentes modos de
falar e escrever adequados a cada situação de uso.
11. Leia a letra de musica abaixo e responda às questões.
Óia eu aqui de novo, xaxando
Vem cá morena bela, vestida de chita
Óia eu aqui de novo, para xaxar
Você é a mais bonita desse meu lugá
Vai chamar Maria, chamar Luzia
Vou mostrar pr'esses cabras
Vai chamar Zabé, chamar Requé
Que eu ainda dou no couro
Diz que 'to aqui com alegria
Isso é um desaforo
Seja noite ou seja dia
Que eu não posso levá
Eu 'to aqui pra ensinar xaxado
Óia eu aqui de novo, cantando
Eu 'to aqui pra ensinar xaxado
Óia eu aqui de novo, xaxando
Eu 'to aqui
pra ensinar
Óia eu aqui de novo, mostrando
Como se deve xaxar
Compositores: Antonio Silva / Antonio Barros Silva
a) Qual é o significado da palavra xaxado? Se necessário, procure no
dicionário.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Na primeira estrofe, o eu lírico revela um objetivo. Qual?
___________________________________________________________________________________
c) Que trecho da primeira estrofe está em desacordo com a norma-padrão?
Como essa palavra é registrada na norma-padrão?
_________________________________________________________________________________
d) Qual é o efeito produzido pelo uso dessa expressão da forma como
aparece no texto?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e) Copie do texto palavras que caracteriza uma fala
regional.
___________________________________________________________________________________
LÍNGUA
PORTUGUESA – 6ª e 7ª AULA – CONTOS
Atividades das aulas 6 e 7
Leia
o texto:
O Compadre da Morte
Diz
que era uma vez um homem que tinha tantos filhos que não achava mais quem fosse
seu compadre. Nascendo mais um filhinho, saiu para procurar quem o apadrinhasse
e depois de muito andar encontrou a Morte a quem convidou. A Morte aceitou e
foi a madrinha da criança. Quando acabou o batizado voltaram para casa e a
madrinha disse ao compadre:
-
Compadre! Quero fazer um presente ao meu afilhado e penso que é melhor
enriquecer o pai. Você vai ser médico de hoje em diante e nunca errará no que disser.
Quando for visitar um doente me verá sempre. Se eu estiver na cabeceira do
enfermo, receite até água pura que ele ficará bom. Se eu estiver nos pés, não
faça nada porque é um caso perdido.
O homem assim fez. Botou aviso que era médico e
ficou rico do dia para a noite porque não errava. Olhava o doente e ia logo
dizendo:
Ou então:
- Tratem do caixão
dele!
Quem ele tratava,
ficava bom. O homem nadava em dinheiro.
Vai um dia
adoeceu o filho do rei e este mandou buscar o médico, oferecendo uma riqueza
pela vida do príncipe. O homem foi e viu a Morte sentada nos pés da cama. Como
não queria perder a fama, resolveu enganar a comadre, e mandou que os criados
virassem a cama, os pés passaram para a cabeceira e a cabeceira para os pés. A
Morte, muito contrariada, foi-se embora, resmungando.
O médico
estava em casa um dia quando apareceu sua comadre e o convidou para visitá-la.
- Eu vou, disse o médico - se você jurar que
voltarei!
- Prometo! -
disse a Morte.
Levou o homem
num relâmpago até sua casa.
Tratou muito
bem e mostrou a casa toda. O médico viu um salão cheio-cheio de velas acessas,
de todos os tamanhos, uma já se apagando, outras viva, outras esmorecendo.
Perguntou o que era:
É a vida do
homem. Cada homem tem uma vela acessa. Quando a vela acaba, o homem morre.
O médico foi
perguntando pela vida dos amigos e conhecidos e vendo o estado das vidas. Até
que lhe palpitou perguntar pela sua. A Morte mostrou um cotoquinho no fim.
- Virgem Maria!
Essa é que é a minha? Então eu estou, morre-não-morre!
A Morte disse:
- Está com horas de vida e
por isso eu trouxe você para aqui como amigo mas você me fez jurar que voltaria
e eu vou levá-lo para você morrer em casa.
O médico quando deu
acordo de si estava na sua cama rodeado pela família. Chamou a comadre e pediu:
- Comadre, me faça o último favor. Deixe eu
rezar um Padre-Nosso. Não me leves antes. Jura?
- Juro -, prometeu a Morte.
O homem começou a rezar o
Padre-Nosso que estás no céu... E calou-se. Vai a Morte e diz:
- Vamos, compadre, reze o resto
da oração!
- Nem pense nisso, comadre! Você
jurou que me dava tempo de rezar o Padre-Nosso mas eu não expliquei quanto
tempo vai durar minha reza. Vai durar anos e anos...
A Morte foi-se
embora, zangada pela sabedoria do compadre.
Anos e anos depois, o
médico, velhinho e engelhado, ia passeando nas suas grandes propriedades quando
reparou que os animais tinham furado a cerca e estragado o jardim, cheio de
flores. O homem, bem contrariado disse:
- Só
queria morrer para não ver uma miséria destas!...
Não
fechou a boca e a Morte bateu em cima, carregando-o. A gente pode enganar a
Morte duas vezes mas na terceira é enganado por ela.
(CASCUDO, Luís
da Câmara.Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte; São Paulo, Itatiaia, Editora da Universidade de São
Paulo, 1986. Texto Adaptado)
Atividades
12. Neste conto, a narrativa está em:
(
) 1ª pessoa, pois o narrador também participa da história.
(
) 3ª pessoa, o narrador apenas conta os fatos.
13. Enumere a segunda coluna com a primeira.
( 1 ) Situação
inicial – apresentação dos fatos
( 2 ) Conflito – o
fato que muda a situação inicial
( 3 )
Desenvolvimento- ações das personagens e suas consequências
( 4 ) Clímax – ponto
máximo da narrativa que encaminha para o final
( 5 ) Desfecho – o final
( ) O homem comete um engano e
sem pensar diz que “queria morrer para não ver uma miséria destas. “
( ) A
Morte finalmente leva-o.
( ) um homem que tinha tantos filhos que não
achava mais quem fosse seu compadre depois de muito andar encontrou a Morte que
aceitou e ser a madrinha da criança e torna o homem um médico rico.
( ) o
filho do rei está para morrer, o homem foi e viu a Morte sentada
nos pés da cama, mas enganou a comadre com um truque e salvou o príncipe
( ) O homem está prestes a morrer e, para evitar sua própria morte, engana a morte mais uma vez.
14. No início da história, a personagem principal é chamada apenas de um homem ou o homem.
a) Como o narrador passa a
se referir à personagem principal depois que a Morte batiza seu filho?
__________________________________________________________________________________
b) A partir de qual fato a personagem passa a ser chamada de médico?
___________________________________________________________________________________
15. Quando o príncipe
adoeceu gravemente, qual foi o plano do homem para enganar a Morte?
___________________________________________________________________________________
16. Releia este trecho do conto.
“[...]
Anos e anos depois, o médico, velhinho e
engelhado, ia passando nas suas
grandes propriedades, quando reparou que
os animais tinham furado a cerca e estragado
o jardim, cheio de flores. O homem, bem
contrariado, disse:
- Só queria morrer para não ver uma miséria
destas!...
Não fechou a boca e a Morte bateu em cima,
carregando-o. A gente pode enganar a Morte duas
vezes, mas na terceira é enganado por ela.”
A opinião do narrador em relação aos fatos narrados nesse trecho está em:
a) “[...] reparou que os animais tinham furado
a cerca e estragado o jardim [...]”
b) “Só queria morrer para não ver uma miséria
destas!”
c) “Não fechou a boca e a Morte bateu em cima,
carregando-o.”
d) “A gente pode enganar a Morte duas vezes,
mas na terceira é enganada por ela.”
17. O conflito, é uma narrativa, é uma
complicação, uma oposição de forças na história entre duas ou mais personagens.
No conto “O Compadre da Morte”, o fato que gera o conflito é:
a) o
fato de o príncipe ter ficado doente.
b) o fato de o homem ter desafiado a Morte pela
primeira vez.
c) o fato de o homem não querer morrer.
d) o fato de o homem não conseguir um padrinho
para seu filho.
18. Apesar de narrar fatos acontecidos
ao longo de muitos anos, o conto é curto. Quais dos recursos abaixo são
empregados para conseguir isso?
a) Não são dados muitos detalhes sobre os
acontecimentos.
b) Vários personagens participam da história.
c) As personagens têm nome e são descritas com
detalhes.
d) O leitor não é identificado sobre o lugar e
a época em que se passa a história.
LÍNGUA
PORTUGUESA- 8ª, 9ª e 10ª AULA – CONTOS
Atividades das aulas 8, 9
e 10
Este conto que iremos ler nos ensina sobre caráter, respeito, amizade e dignidade que são essenciais para o convívio entre as pessoas.
A combuca de
ouro e os marimbondos
(Pernambuco)
Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um
ao outro.
Foi o compadre pobre à casa do rico
pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro,
lhe deu a pior terra que tinha.
Logo que
o pobre teve o sim, foi para a casa dizer à mulher, e foram ambos ver o
terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma cumbuca de ouro, e, como era
em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para a casa, e foi dizer
ao outro que em suas matas havia aquela riqueza.
O rico ficou logo todo
agitado, e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras.
Quando o pobre se
retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande
riqueza. Chegando lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a
numa mochila e tomou o caminho do mocambo do pobre, e logo que o avistou foi
gritando:
“Ó compadre, fecha as portas, e deixa somente uma banda da janela
aberta!”
O compadre assim fez, e
o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa
do amigo, e gritou:
“Fecha a janela,
compadre!”
Mas os marimbondos bateram no chão,
transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para
ajuntar.
O ricaço gritava então:
“Ó compadre, abra a
porta!” Ao que o outro respondia:
“Deixe-me, que os
marimbondos estão-me matando!”
E assim ficou o
pobre rico, e o rico ridículo.
Responda de acordo com o texto as atividades a
seguir:
26.
Quem são os personagens desse conto?
___________________________________________________________________________________
27.
Quem são os personagens principais desta história?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
29.
Como o rico reagiu ao saber da cumbuca?
___________________________________________________________________________________
30. Marque um X na alternativa que justifica que a narrativa anterior é
um conto.
(A) Trata-se de uma história real, transmitida oralmente de geração em
geração e desenvolvida em um único espaço.
(B) Trata-se de uma história de ficção, com vários conflitos paralelos, mas
desenvolvidos em um curto período de tempo.
(C) Trata-se de uma história de ficção, com um único conflito desenvolvido
somente em um dia e poucas personagens.
(D) Trata-se de uma história de ficção, com muitas personagens e desenvolvida em um longo período de tempo.
31. Marque um X na alternativa que justifica o uso das aspas no conto acima.
( A ) Inclusão de termos em língua estrangeira.
( B ) Transcrição de falas.
( C ) Indicação do pensamento das personagens.
( D ) Uso de termos em um sentido diferente do habitual.