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26 abril 2021

Como viviam os índios antes de existir o Brasil?

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Sequência didática

Como viviam os índios antes de existir o Brasil?

Nesta sequência didática, serão abordados temas relacionados à formação do espaço geográfico no qual o território do Brasil constituiu-se. Para isso, propõe-se o estudo dos povos originários, tendo como referências principais os povos caçadores e coletores do período Pré-colonial e povos indígenas no contexto da colonização. Objetiva-se, com esse estudo, que o aluno compreenda de que maneira se deu o início da produção do espaço geográfico brasileiro, enfatizando a importância dos povos originários nesse processo.

Ao final do percurso, pretende-se que o aluno expresse, por meio de uma representação tridimensional e sensorial (denominada de instalação artística), o modo de vida dos povos originários que habitavam as terras constituintes do atual território brasileiro. Nessa instalação serão representados elementos da arte rupestre e de artefatos ilustrativos do contexto espaço-temporal que antecedeu a colonização.

A BNCC na sala de aula

Objeto de conhecimento

Identidade sociocultural.

Transformação das paisagens naturais e antrópicas.

Competências específicas

Específicas de Geografia

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Habilidades

(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.

(EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.

Objetivos de aprendizagem

Conhecer os modos de vida dos povos originários que habitavam o atual território brasileiro.

Identificar o modo de alteração da paisagem pelos povos originários.

Analisar dados e registros históricos sobre a chegada e presença dos povos originários no Brasil.

Reconhecer e valorizar a importância cultural dos povos originários para a formação territorial e populacional do Brasil.

Entender e desenvolver de instalação artística.

Conteúdos

Povos originários do Brasil e seus modos de vida.

Formação do espaço geográfico brasileiro.

Sítios arqueológicos brasileiros.

Materiais e recursos

Computador com projetor multimídia e com acesso à internet ou tablets

Cópias de texto sugeridos para as atividades.

Materiais para pesquisas (livros, revistas, jornais).

Materiais recicláveis.

Tintas guache de várias cores.

Pincéis.

Folhas de papel kraft, papel pardo ou papel pedra.

Sobras de papel colorido.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 7 aulas.

Aula 1

Ao iniciar a aula, organizar a turma para realizar uma atividade de levantamento dos conhecimentos prévios acerca dos habitantes do território brasileiro antes da chegada dos colonizadores. Montar uma roda de conversa com a turma e apresentar as seguintes questões:

Como os primeiros humanos chegaram ao território que hoje pertence ao Brasil?

Quem vivia no Brasil antes da chegada dos colonizadores portugueses?

Onde e como viviam esses povos?

A primeira questão levantada pode ser pouco familiar aos alunos. É pertinente explicar brevemente sobre as migrações das primeiras populações humanas pelo mundo. Para auxiliar, sugere-se a seguinte fonte:

GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. História Mundial: Jornadas do Passado ao Presente. Penso: São Paulo, 2011. Disponível em: <http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/G/GOUCHER_Candice/Historia_mundial/Liberado/Cap_01.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2018.

Para as demais questões, espera-se que os alunos indiquem que vários povos indígenas habitavam o atual território brasileiro, e que a chegada dos colonizadores provocou significativos impactos em seu modo de vida. Recomenda-se destinar em torno de 15 minutos para a roda de conversa.

Após a roda de conversa, os alunos assistirão a uma reportagem da TV Cultura intitulada Resquícios arqueológicos confirmam presença de povos antigos na Amazônia", disponível em <www.youtube.com/watch?v=ZjUEu_Ni5WE>, acesso em: 30 ago. 2018.

Depois da exibição da reportagem, em duplas ou em trios, eles discutirão e registrarão em um pequeno parágrafo (em torno de cinco linhas) quem foram e como viviam os povos originários no Brasil. Os grupos poderão complementar seus registros escritos com desenhos e ilustrações, tornando ainda mais interessante o material produzido. Espera-se que os alunos reflitam sobre quem vivia no território que hoje pertence ao Brasil e como esses povos viviam no período Pré-colonial. Sugere-se destinar de 25 a 30 minutos para a exibição do vídeo, a discussão e a sistematização dos grupos.

Ao final da atividade em grupo, realizar uma discussão coletiva com sistematização geral das hipóteses da turma na lousa por meio de tópicos ou palavras-chave.

Aulas 2, 3, e 4

As aulas 2 a 4 serão realizadas com base na metodologia de rotação por estações de aprendizagem. Para isso, é recomendável organizar roteiros de pesquisa em grupo colaborativos no qual, se possível, ao menos uma das estações faça uso de linguagem digital/virtual. As rotações por estações de aprendizagem fazem parte das metodologias ativas indicadas como potentes para a aprendizagem ativa.

Para iniciar a aula 2, organizar a turma em grupos colaborativos contendo de 4 a 5 integrantes, a saber:

Facilitador e harmonizador

Garante que todos compreendam a tarefa e tenham a ajuda que precisam para cumpri-la. É o responsável por tirar dúvidas do grupo com o professor. Também ajuda os colegas a resolver conflitos que poderão surgir durante o percurso.

Controlador do tempo

Organiza e garante que os prazos para a execução da tarefa sejam cumpridos. Informa ao grupo o tempo para a realização da atividade.

Gestor de materiais

Responsável pela organização e distribuição dos materiais durante e ao final da atividade. Garante que os materiais sejam devolvidos corretamente ao professor.

Redator

Responsável pelos registros necessários para a execução da atividade e pelo relatório final do grupo.

Repórter ou relator

Responsável por apresentar os resultados do grupo para a turma.

É possível montar, previamente, os grupos ou deixar que os alunos escolham com quem vão trabalhar.

Com os grupos organizados, explicar que os seus integrantes trabalharão juntos ao longo de um período de três aulas e que, ao final, é esperado que todos tenham aprendido um pouco mais a respeito dos povos que viviam no atual território brasileiro e de que modo conseguimos acessar informações sobre eles. Para essa etapa inicial da aula 2, sugere-se estipular 15 minutos.

Com os grupos de trabalho colaborativo organizados, entregar cópias do texto: "Brasil possui mais de 24 mil sítios arqueológicos cadastrados", disponível em <www.brasil.gov.br/editoria/cultura/2017/09/brasil-possui-mais-de-24-mil-sitios-arqueologicos-cadastrados>, acesso em: 30 ago. 2018. Os grupos lerão o texto juntos, destacando as informações mais importantes. É esperado que eles identifiquem informações de dois tipos no material: (1) informações relativas a sítios arqueológicos dos povos originários e (2) informações relacionadas a sítios arqueológicos datados do período colonial. Recomenda-se destinar 15 minutos para essa leitura introdutória.

Em seguida, os grupos de trabalho tomarão contato com a proposta de atividade desta sequência didática: pesquisar informações a respeito de importantes sítios arqueológicos brasileiros. Sugere-se o uso de alguns dos materiais da tabela a seguir como referências para as pesquisas que serão realizadas:


ROTEIRO DE PESQUISA SOBRE OS PRINCIPAIS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS BRASILEIROSPara o trabalho nas estações de aprendizagem, é recomendável preparar previamente um roteiro de pesquisa e de registro de informações. O objetivo desse roteiro é, primeiramente, garantir a sistematização dos conteúdos estudados pelos grupos e, em segundo lugar, organizar informações que serão utilizadas posteriormente, na etapa de elaboração do produto final desta sequência. A seguir há uma sugestão de roteiro de pesquisa com uso dos materiais elencados na tabela anterior que pode ser replicado para cada uma das cinco estações de aprendizagem ou adaptado para atingir objetivos ou tratar de conteúdos mais específicos. Para cada etapa de trabalho nas estações, o tempo estimado é de 30 a 35 minutos.

Grupo: _______________________________________________________________________________________________

Data: _______________________________________________

Série / Turma: ___________________________

Prezados alunos

Nesta proposta de atividade, vocês têm a tarefa de selecionar, organizar e registrar as informações mais importantes a respeito de alguns dos principais sítios arqueológicos existentes no Brasil. Para isso, a cada aula os grupos ocuparão uma estação de aprendizagem. Nela há um roteiro de pesquisa e materiais adequados ao trabalho que cada grupo realizará.

O trabalho é composto de cinco estações e cada estação contém materiais relacionados a alguns dos sítios arqueológicos mais importantes de cada uma das regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Todos os grupos passarão pelas 5 estações e farão registros nas fichas que compõem os roteiros de estudo.

Vamos descobrir muitas coisas a respeito dos povos que deram origem aos nossos primeiros ancestrais no Brasil: os povos originários que aqui viveram antes da chegada dos colonizadores portugueses!

Boa pesquisa!

Estação ______________________________________________________________________________________________

Região _______________________________________________________________________________________________

O grupo deverá escolher um sítio arqueológico da região para estudar e responder às questões propostas.

1. Onde se localiza esse sítio arqueológico (em unidades de conservação, em área não protegida, perto de cidades ou de aldeias indígenas etc.)?

2. Quais são os tipos de registros encontrados nesse sítio arqueológico (as evidências, os artefatos, os objetos encontrados que mostram a existência de um povo originário naquele local)? O grupo deverá colocar o nome do tipo de registro e uma imagem. Se houver mais de um tipo de registro, colocar um exemplo de cada registro encontrado no local.

3. Como é a paisagem existente no local onde esse sítio arqueológico se situa? O grupo precisará descrever a paisagem e inserir uma fotografia representativa dessa paisagem.

4. Há alguma ameaça à preservação desse sítio? Qual?

5. De que maneira esse sítio arqueológico pode nos ajudar a entender melhor como o espaço geográfico brasileiro tem se formado?

Aula 5

Nesta aula, recomenda-se atuar como mediador e organizar uma roda de conversa com a turma para discutir o que foi aprendido com as pesquisas nas estações de aprendizagem e resolver possíveis dúvidas. Sugere-se destinar 15 minutos para essa conversa.

Em seguida, propor à turma a produção de uma instalação artística para apresentar à comunidade escolar as descobertas sobre a existência dos povos originários que habitavam o atual território brasileiro.

Uma instalação artística consiste em um espaço destinado à disposição de obras de caráter artístico e visual, que propicia uma experiência sensorial ou multissensorial aos seus visitantes. A instalação é montada e desmontada em um curto período, que pode durar algumas horas ou dias. O importante é que os visitantes estejam expostos a uma experiência vivencial por meio das artes.

Ouvir as ideias da turma no que se refere ao planejamento dessa instalação, o que será representado nela, quais objetos, artefatos, inscrições, pinturas, entre outros registros arqueológicos farão parte da instalação é muito desejável. É possível dar sugestões, mas é muito importante que as ideias dos alunos sejam contempladas em sua maior parte. Nesse momento é importante apresentar aos alunos o local onde essa instalação será montada. Desse modo, planejar a organização e a disposição das obras, bem como toda a ambientação, fica mais fácil. Sugere-se estipular 10 minutos para esta etapa.

Para organizar esse planejamento, reunir os alunos nos grupos colaborativos e decidir qual será a tarefa de cada grupo, ou seja, cada grupo deverá ser responsável por estruturar a exposição dos materiais relativos a uma região do Brasil.

Depois de decidida a tarefa de cada grupo na instalação, os alunos, ainda em grupos, devem fazer uma proposta para a estrutura da instalação artística, compondo um esboço de planta baixa do local onde ela será montada. Nesse esboço, os grupos devem indicar o posicionamento de cada material exposto, os materiais que serão usados na ambientação de sua região. Os grupos receberão papel sulfite A3 para montar o esboço e a lista dos materiais. Estima-se destinar 40 minutos para a confecção do esboço e da lista de materiais.

Recolher o material ao final da aula e providenciar os itens solicitados junto à escola. Pedir aos alunos que tragam materiais reciclados, gravetos, folhas secas e conchas para serem usados na instalação artística.

Aula 6

Organizar uma estação de materiais. A turma será disposta nos grupos colaborativos e o gestor de materiais de cada grupo deverá buscar e devolver na estação os itens a serem utilizados na confecção dos objetos e das representações de arte rupestre, petróglifos e geoglifos de cada sítio arqueológico.

O gestor do tempo manterá o grupo sempre informado do aproveitamento do tempo de aula para a resolução da tarefa. Todos devem trabalhar na confecção dos objetos e dos elementos cenográficos que compõem a sua instalação.

Garantir a unidade cenográfica da instalação é parte da ação docente nesse momento. Consultar os facilitadores de cada grupo sobre o andamento do trabalho em grupo é uma etapa importante, assim como solicitar aos relatores e repórteres um parecer relacionado ao resultado final do trabalho em grupo e do produto final como um todo.

A aula deve ser inteiramente destinada à confecção e à montagem da instalação. Recomenda-se que o local escolhido para a instalação seja de fácil acesso à comunidade escolar e que seja visitada pelo maior número de pessoas possível. Ao final da experiência, os visitantes podem assinar um livro de visitas e deixar recados à turma.

Aula 7

Nesta aula, finalizar a montagem da instalação e proporcionar aos alunos um momento de contemplação e de vivência junto ao material produzido.

Depois, realizar uma roda de conversa com a turma para avaliar o percurso de estudo e o produto final; e, se for possível, aplicar o relatório final de avaliação à turma.

Para trabalhar dúvidas

Caso os alunos apresentem dúvidas relacionadas ao tema de estudo, retomar a ideia de que o espaço geográfico resulta das sucessivas intervenções, mudanças e transformações que a sociedade promove. Conhecer o modo de vida dos povos originários é uma maneira de propiciar aos alunos o entendimento de que o espaço geográfico no qual o Brasil se situa não resulta apenas do processo de colonização. Identificar as dúvidas específicas deles e reler com eles textos ou trechos indicados nas estações de aprendizagem também pode ser eficaz. Procurar outras imagens e vídeos representativos dos sítios arqueológicos brasileiros complementa os materiais já disponibilizados e amplia o conhecimento, contribuindo para solucionar as dúvidas.

Avaliação

A avaliação desta sequência didática consiste na elaboração de um breve relatório a ser produzido em dupla ou trio, tendo como referência os grupos do trabalho colaborativo. Sugere-se o modelo de ficha a seguir.

MODELO DE RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO EM DUPLA OU TRIO

Nomes: _______________________________________________________________ Turma: _______________________

1. Pode-se afirmar que o espaço geográfico brasileiro começou a ser constituído a partir da chegada dos colonizadores portugueses? Justifique a sua resposta com informações obtidas pelas pesquisas nas estações de aprendizagem.

2. Quais tipos de registro arqueológico chamaram a atenção de vocês durante o percurso de estudo? Por quê? Onde eles foram encontrados?

3. Avalie a sua participação nas aulas, considerando a sua participação durante todas as etapas do trabalho em grupo.

(Essa questão deve ser reproduzida de acordo com a quantidade de integrantes de cada grupo  dupla ou trio)

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

Aluno: __________________________________________________________________________________

( ) Insatisfatória

( ) Parcialmente satisfatória

( ) Satisfatória

( ) Totalmente satisfatória

Se você considerou a sua participação insatisfatória ou parcialmente satisfatória, o que poderia fazer para melhorá-la?

4. A instalação organizada e montada pela sua turma revela o percurso de estudo e de descoberta pelo qual vocês passaram? Assinalem a alternativa que melhor expressa o nível de satisfação do grupo (dupla ou trio) quanto ao produto final.

( ) Insatisfatório

( ) Parcialmente satisfatório

( ) Satisfatório

( ) Totalmente satisfatório

A dupla ou trio tem alguma sugestão ou crítica a fazer? Registre-a no espaço a seguir.

Ampliação

Os alunos poderão estudar um sítio arqueológico específico, escolhido pela turma ou indicado pelo professor. Para isso, fazer uma lista de sítios arqueológicos que não foram estudados nas estações de aprendizagem ou selecionar um sítio arqueológico cujo interesse comum da turma possibilite o aprofundamento por meio de pesquisas. A pesquisa poderá ser feita na biblioteca da escola ou na aula de informática, sendo necessário acesso à internet nas duas opções.


Fonte

Construindo um perfil da vegetação em escala local

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Sequência didática

Construindo um perfil da vegetação em escala local

Nesta sequência, serão ampliados os conceitos de formação vegetal e de bioma, para que os alunos representem em um perfil de vegetação as espécies existentes no entorno da escola ou em um parque ou praça próximos da escola. Por meio de estudo de campo, os alunos conhecerão e registrarão em uma representação esquemática a sequência das espécies vegetais existentes na área de estudo selecionada pelo professor para esta atividade. Os perfis serão expostos no mural da escola.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras.

Biodiversidade e ciclo hidrológico.

Competências específicas

Específicas de Geografia

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

Habilidades

(EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.

(EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.

Objetivos de aprendizagem

Conhecer a formação vegetal existente no entorno da escola ou próximo a ela (praça, parque, unidade de conservação).

Entender como é elaborado um perfil de vegetação.

Elaborar um perfil esquemático da vegetação a partir de estudo de campo.

Conteúdos

Biomas e formações vegetais do Brasil.

Representação da vegetação em perfil esquemático longitudinal.

Materiais e recursos

Apontador.

Barbante.

Borracha

Caneta hidrocor.

Cópias das fichas usadas nesta sequência didática.

Fita métrica.

Lápis grafite.

Lápis de cor.

Máquina fotográfica (ou celular com câmera).

Papel kraft ou pardo ou cartolina.

Papel sulfite A4.

Prancheta.

Régua.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

Para iniciar a aula, organizar a turma em uma roda de conversa. Destinar 20 minutos para essa etapa. Fazer o levantamento dos saberes prévios dos alunos a respeito do tema por meio de algumas perguntas, tais como:

Em quais locais próximos da escola vocês sabem que há algum tipo de cobertura vegetal?

Como são esses locais? Como é essa vegetação?

Em quais locais próximos da escola vocês pensam que poderia existir vegetação, mas não há? O que existe nesses locais?

Vocês sabem qual é a vegetação nativa da região em que a escola se localiza?

Como vocês imaginam que era a paisagem natural da região em que a escola se situa?

Manter a cobertura vegetal em um local é importante? Por quê?

Em seguida, explicar que eles farão um estudo para reconhecer e representar a vegetação que existe nos arredores da escola. O estudo terá início com a representação da vegetação nativa da região em papel sulfite A4. Reunir os alunos em duplas ou trios para desenhar como os integrantes do grupo imaginam a paisagem da região, destacando a vegetação original nessa representação.

Ao longo da atividade, fazer intervenções pontuais para dar dicas ou informações a respeito das características do bioma da região ou, ainda, para resolver dúvidas e compartilhar opiniões com a turma. Os grupos precisam colocar um título no desenho e colori-lo. Destinar os 30 minutos restantes para essa atividade.

Na aula seguinte, será realizada uma atividade de campo. Por isso, é necessário informar aos alunos e solicitar que levem, na próxima aula, as autorizações de saída assinadas pelos seus respectivos responsáveis.

Aula 2

A turma será levada para uma atividade de campo, assim, é preciso planejar e organizar os alunos de forma a garantir a segurança e a supervisão de todos durante a saída. Se possível, contar com o auxílio de monitores e/ou outro professor que possa acompanhar a atividade.

Organizar previamente o estudo de campo que a turma fará nesta aula. Providenciar cópias da ficha de registro e estruturar o roteiro que os alunos realizarão para estudar a formação vegetal (relação entre o bioma local e o relevo) ou o bioma local. Se houver um local interessante com espécies nativas da região perto da escola, em uma praça ou parque no caso de uma área urbana, o estudo pode ser realizado nesse lugar. Caso a escola se situe em uma área com cobertura vegetal no entorno e poucas intervenções urbanas, a turma poderá estudar nesse local.

É recomendável uma parceria com professores de Matemática nesta atividade, pois os alunos terão de medir a distância entre uma planta e outra para elaborar uma representação da sequência de plantas de uma parte do local visitado nesse estudo de campo em visão horizontal. Para isso, pode-se trabalhar com noções de proporção e de escala de representação.

Selecionar no local do estudo de campo ao menos cinco áreas para que os alunos contabilizem a quantidade de espécies e meçam com a fita métrica a distância entre as plantas ao longo de uma linha reta com 1 m a 2 m de extensão.

Organizar a turma em quartetos para um trabalho de observação, descrição e representação de paisagem com ênfase na vegetação. Os registros ocorrerão em ficha, conforme o modelo a seguir.

MODELO DE FICHA DE REGISTRO PARA O ESTUDO DE CAMPO

FORMAÇÃO VEGETAL NO ENTORNO DA ESCOLA

Nomes: _________________________________________________________________________________

Data: ____________________________

Turma: ________________________

Orientações

1. Esta ficha de registro será preenchida durante o estudo de campo.

2. Todo o grupo é responsável por anotar, desenhar, fotografar e medir, ou seja, coletar dados para serem trabalhados em sala de aula.

3. Atitudes colaborativas e respeitosas são esperadas e desejadas durante o processo de trabalho.

Local visitado: _______________________________________________________________________

Horário da visita: _____________________________________________________________________

Descrição da paisagem:

Características específicas da cobertura vegetal (presença ou ausência de árvores, tamanho das espécies, predominância de uma espécie em relação a outras, está próxima a um curso d’água ou não, como é o solo onde essa vegetação se fixou):

Coleta de dados na faixa de 1 m a 2 m de comprimento

Quantidade de espécies vegetais

Principais características

A linha abaixo representa a faixa de barbante usada pelo grupo para medir a distância e contar a quantidade de espécies vegetais na área de estudo. Represente nessa linha a sequência das plantas existentes no local em que seu grupo fez a coleta de dados. Tente manter uma noção de proporção entre os tamanhos das plantas e entre as distâncias que as separam. Lembre-se de que é apenas um esboço.

__________________________________________________________________________________________

Ver a seguir dois exemplos de esboço de perfil de vegetação.

???

agnes78/Shutterstock.com

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Danussa/Shutterstock.com

Para ajudar no trabalho de análise que será realizado na escola, se possível, fazer algumas fotos do local visitado e da área em que o grupo coletou os dados sobre a cobertura vegetal.

Aulas 3 e 4

Nesta aula, os dados coletados no estudo de campo serão analisados para que os grupos elaborem o seu perfil esquemático da vegetação local.

Organizar uma estação de materiais previamente e pedir aos alunos que formem os grupos do estudo de campo.

Cada grupo deverá pensar em uma maneira de representar as informações coletadas em campo em um cartaz feito em papel kraft, pardo ou cartolina. Orientar os grupos a ampliar o tamanho do esboço de perfil esquemático da sequência das plantas elaborado no estudo de campo. Após a elaboração da versão ampliada do esboço, orientar os grupos a colorir o perfil esquemático.

Com o perfil pronto, pedir aos alunos que indiquem os nomes das plantas, escrevendo-os e usando setas para sinalizar a relação entre o nome e o desenho.

Os grupos podem completar o perfil colando fotografias do local de estudo, evidenciando as características da paisagem e da cobertura vegetal representada. Destinar uma aula e meia para essa atividade.

Nos 20 minutos restantes da aula 4, realizar uma avaliação coletiva da produção da turma e do percurso de estudo por meio de uma roda de conversa, além de uma síntese individual para que cada aluno expresse o que aprendeu, as dúvidas que apareceram e ainda permanecem, o que gostaria de aprofundar ou de saber mais.

Para trabalhar dúvidas

Caso algum aluno ou grupo apresente dificuldade na realização das atividades, indicar materiais (como textos e vídeos) que abordem as características das formações vegetais e/ou biomas brasileiros para resolução de dúvidas. Retomar com os alunos os conceitos mais importantes do estudo. Disponibilizar materiais de consulta, como livros didáticos, atlas, textos informativos, depoimentos de moradores do município e fotografias para os alunos acessarem sempre que tiverem dúvidas. Conversas dos alunos com o professor, leituras compartilhadas e rodas de conversas também podem ser organizadas de modo a solucionar as questões apresentadas pelos alunos.

Avaliação

É recomendável avaliar os alunos em duas etapas:

1. avaliação do percurso e dos resultados do trabalho em grupo (perfil esquemático da vegetação), para que o grupo expresse o que aprendeu ao fazer a atividade e os alunos se avaliem dentro do trabalho proposto;

2. síntese individual para sistematizar o conteúdo conceitual aprendido (um pequeno texto sobre o conceito de formação vegetal e sua relação com a paisagem do lugar estudado, acompanhado de um esboço de perfil de cobertura vegetal).

Ampliação

Os alunos poderão pesquisar sobre os municípios vizinhos para realizar a mesma atividade de produção de um perfil esquemático de vegetação. Sugere-se também propor uma atividade para criar uma campanha de intervenção em um espaço público para a recomposição da vegetação nativa que engaje a comunidade escolar.


Fonte: PNLD