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26 abril 2021

Os festejos populares brasileiros

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sequência didática

Os festejos populares brasileiros

Nesta sequência, serão abordadas manifestações artísticas e culturais brasileiras, com destaque para as festas populares. Os alunos investigarão as principais características dos festejos presentes em diversas regiões do país. Como atividade final, propomos a criação de um festejo na escola.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Dança

Processos de criação

Competências específicas

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.

3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.

4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

Habilidades

Dança

(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

(EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de dança de diferentes matrizes estéticas e culturais como referência para a criação e a composição de danças autorais, individualmente e em grupo.

(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.

Objetivos de aprendizagem

Investigar diferentes manifestações artísticas e culturais brasileiras, com destaque para os festejos populares.

Experimentar danças típicas do Brasil, explorando os elementos da linguagem da dança.

Pesquisar e conhecer as músicas comumente associadas às manifestações investigadas.

Valorizar os costumes e as tradições de diferentes povos.

Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural.

Conteúdos

Festas populares brasileiras

Danças e ritmos brasileiros

Experimentação em dança

Movimento e gestualidade

Materiais e recursos

Aparelho para reproduzir vídeos.

Imagens e trechos de vídeos de festejos populares brasileiros.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

As festas populares no Brasil são muito variadas e de origens diversas. Os festejos podem ter origens religiosas e folclóricas, ter influências católicas ou de religiões africanas, ser fruto da mestiçagem marcante do país, bem como trazer em uma só festa elementos indígenas, africanos e europeus. Quem participa das festas pode ser chamado de brincante. Por aqui, todos podem participar e brincar!

Também conhecidos como folguedos, as festas populares brasileiras são comemoradas de norte a sul do país, em diferentes períodos do ano e variadas tradições.

O principal objetivo desta aula é conhecer e valorizar alguns dos costumes e das tradições de diferentes povos. Formar uma roda com os alunos sentados e iniciar a atividade com uma conversa a respeito das diferentes manifestações artísticas e culturais brasileiras, com destaque para as festas populares. É importante levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito das festas populares brasileiras.

Tais perguntas mediadoras podem auxiliá-lo nessa tarefa:

Você conhece ou já participou de alguma festa popular?

Onde e quando acontecem essas festas?

Quem pode participar?

O que as pessoas fazem nesses festejos?

Como as pessoas se vestem?

Que danças e músicas fazem parte dessas festas?

Muitos festejos fazem parte de tradições religiosas. Você conhece ou já participou de algum festejo desse tipo?

É interessante proporcionar para a turma momentos de fruição e análise com trechos de vídeos e/ou imagens de diferentes festejos populares brasileiros. Por exemplo, congada, marujada, festas de boi, cavalhadas, maracatu, reisado, festas juninas, entre outros.

Assistir com os alunos a documentários, entrevistas e vídeos sobre essa temática. Sugerimos a série Danças brasileiras, com direção de Antônio Nóbrega e Rosane Almeida. A série é composta de 11 episódios, com cerca de 25 minutos cada, e trata de festas folclóricas de todo o Brasil.

Durante a exibição de vídeos, despertar a atenção dos alunos para a análise e a percepção de elementos que compõem as festas folclóricas, como vestimenta, acessórios, música, dança, folclore, comidas típicas, artesanato e instrumentos musicais. Chamar a atenção da turma também para os espaços convencionais e não convencionais que fazem parte da composição cênica e da apresentação coreográfica durante os festejos: Em que locais acontecem essas festas?Todos podem participar?Se sim, durante as festas, quais as regras para a boa convivência nesses espaços?.

Outro aspecto interessante a ser estudado é a relação entre esses festejos e a linguagem teatral. Por exemplo: Qual a história desses personagens retratados em festas, como o bumba meu boi?E as cavalhadas? O que dizem os gestos, a dança e os movimentos de cada personagem?. Uma atividade interessante é investigar com a turma se todos os folguedos buscam retratar uma história, bem como suas diferentes interpretações e manifestações. As impressões e as reflexões dos alunos durante a aula podem ser registradas no Diário de Arte. A seguir, sugestões de perguntas:

1. Em sua região, acontece alguma festa popular que faz parte de alguma tradição? Se sim, o que mais chama a sua atenção?

Resposta pessoal.

2. Você acha importante preservar manifestações artísticas e culturais como as festas populares? Por quê?

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno reconheça os festejos populares como herança do povo brasileiro a ser preservada, valorizada e difundida.

Aula 2

Ao longo do tempo, características marcantes dessas festas, como a dança, a música e a maneira de se vestir e brincar, são transmitidas de geração a geração e podem sofrer algumas modificações.

Propor um diálogo com a turma a partir da seguinte questão: Será que a maneira de dançar, tocar e cantar nos folguedos tem sido a mesma ao longo dos anos?. Tal questão possibilita discutir o conceito de tradição.

Depois dessa conversa, organizar os alunos em pequenos grupos e solicitar que escolham, dos vídeos a que assistiram, o festejo que mais lhes chamou a atenção e realizem pesquisas com a intenção de registrar movimentos e fazer o levantamento de gestos e passos mais decorrentes nas danças do festejo escolhido. Se necessário, exibir novamente os vídeos.

O principal objetivo desta aula é que a turma selecione e reconheça, por meio de observação e análise, os principais gestos e movimentos dos brincantes em cada dança e ritmo musical. É possível também realizar com os alunos a pesquisa de passos tradicionais. Ao final da aula, os registros podem ser compartilhados, e podem-se também experimentar e criar novos passos. As questões a seguir podem ser de grande ajuda nesta última etapa da aula:

Diante da dança e do ritmo pesquisado, qual o gesto, o movimento ou o passo de que você mais gostou?

Será que é possível dançar o mesmo ritmo de outra maneira? Como?

Pedir aos alunos que, para a próxima aula, desenhem esses novos movimentos e experimentem-nos com o corpo. Orientar que tragam os desenhos na próxima aula.

Aula 3

Nesta aula, os alunos explorarão, na prática, a criação de movimentos dançados a partir das pesquisas realizadas. Propor experimentos em dança inspirados nos movimentos e nos gestos registrados. Para desenvolver essa proposta, podem-se explorar, por exemplo, os fatores de movimento espaço, tempo, peso e fluência. Os alunos podem:

analisar e experimentar movimentos diretos ou indiretos em diferentes ritmos brasileiros;

perceber e transformar a variação do tempo da dança, que pode alternar entre súbito/sustentado, acelerado/desacelerado, rápido/lento;

notar a força empregada no movimento dos dançarinos e identificar se tal movimento é leve, pesado, suave ou firme e experimentar as nuanças;

experimentar fluências diferentes do movimento, alternando entre movimentos livres e movimentos mais contidos;

notar o uso do espaço em danças solos ou em grupo e recriar essas danças à sua maneira.

Sugerimos também escutar e explorar com a turma diferentes características da música (ritmo, melodia, instrumentos utilizados, formas de interpretação, entre outras). Se houver tempo disponível, a turma pode construir, com sucata, instrumentos típicos dessas danças e repetir os movimentos utilizando-os.

Ao final, é interessante estabelecer uma relação dos movimentos vivenciados em sala com os observados nos vídeos.

Aula 4

Considerando as investigações e as vivências da aula anterior, a proposta desta aula é a criação de um festejo na escola. Organizados em grupos, os alunos pensarão na criação e na produção de uma história, com personagens, figurino, cenário, música e trilha sonora.

Para estimular os alunos, questionar:

Há algo em nossa região que serviria para a inspiração e a criação dessas festas?

Quem seria o personagem principal?

Que músicas e danças vamos usar em nossa criação?

Dentro da proposta, é possível promover o encontro da escola com a comunidade local, estabelecer diálogo com disciplinas como História e Geografia, bem como destacar a identidade cultural brasileira e a valorização e preservação da memória de cada povo.

A proposta pode ficar mais interessante se os alunos selecionarem músicas para a trilha sonora que fará parte da festa e, a partir das vivências anteriores em dança, criarem as danças e as sequências de movimentos.

Para trabalhar dúvidas

No decorrer das experiências e das propostas sugeridas, espera-se que os alunos aprendam a compreender a si e o outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural.

Durante a prática, se notar alguma manifestação de preconceito em relação à deficiência física, sugerimos refletir com os alunos acerca da presença de diferentes corpos na dança e na sociedade. Para complementar tal reflexão, apresentar para a turma o trabalho de grupos de dança formados por pessoas com deficiência, como o Grupo X de Improvisação em Dança, o grupo Roda Viva Cia. de Dança e o grupo Candoco.

Ampliação

Os alunos podem pesquisar artistas que retrataram os festejos populares em suas produções artísticas e, com seu auxílio, realizar leituras de imagem, estabelecendo relações com a contemporaneidade. A pesquisa pode ser feita em uma biblioteca ou na internet, bem como em visitas a museus de sua região.


Fonte: PNLD

A diversidade cultural brasileira na dança

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Sequência didática

A diversidade cultural brasileira na dança

Nesta sequência, serão abordadas a diversidade étnica e cultural do Brasil e suas relações com a dança e os ritmos brasileiros. Ao final, será proposta a produção de um painel coletivo a respeito da temática e das experimentações em dança.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Dança

Contextos e práticas

Elementos da linguagem

Artes Integradas

Matrizes estéticas e culturais

Patrimônio cultural

Competências específicas

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.

9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.

Habilidades

Dança

(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

Artes Integradas

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

Objetivos de aprendizagem

Abordar o processo de colonização e formação do povo brasileiro, bem como suas manifestações artísticas, em especial a dança.

Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial de diversas culturas, reconhecendo as matrizes indígenas, africanas e europeias e suas contribuições na formação do povo brasileiro.

Investigar a origem e as características de danças sincréticas presentes no Brasil.

Pesquisar alguns dos principais ritmos musicais utilizados nas danças mais conhecidas de diversas regiões do Brasil (maracatu, ciranda, catira, frevo, jongo, fandango, entre outros).

Conteúdos

Diversidade étnica e cultural brasileira

Danças e ritmos brasileiros

Patrimônio cultural

Percepção rítmica e fatores dos movimentos


Materiais e recursos

Materiais para produção de cartazes: folhas de cartolina, papéis variados e coloridos, lápis de cor, canetas hidrográficas, giz de cera, tinta guache, pincéis, tesoura, cola branca, cola colorida, entre outros.

Aparelho reprodutor de vídeo ou computador.

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

Iniciar a aula fazendo as seguintes perguntas aos alunos:

Quais são os diferentes povos que contribuíram para a formação étnica e cultural do nosso país?

Quais as principais semelhanças e diferenças entre a cultura desses povos?

Você sabe qual é a sua ascendência?

O Brasil é um país conhecido mundialmente pela pluralidade cultural, e isso se reflete nos corpos, nos gestos e nas danças. Diferentes povos, desde a época da colonização brasileira, trouxeram e trazem contribuições para a formação de danças, ritmos e sons marcados pelo sincretismo cultural.

Esta aula convida professores e alunos a refletir acerca da diversidade cultural brasileira.

Organizar a turma em pequenos grupos e, a partir de uma breve pesquisa e posterior fruição de produções artísticas que retratam a história da colonização e da formação do país, assim como as grandes ondas de imigração no final do século XIX e no início do século XX, propor a investigação e a compreensão da contribuição dos povos indígenas, africanos e europeus na formação do povo brasileiro.

Fazer com a turma uma curadoria com produções de arte de diferentes linguagens artísticas sobre a temática, a fim de realizar momentos de fruição e análise. Podem-se apresentar aos alunos, por exemplo, na pintura, obras de artistas como Jean-Baptista Debret (1768-1848), Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), Lasar Segall (1891-1957), Tarsila do Amaral (18861973), entre outros.

Questionar os alunos sobre as cores, as formas e os elementos das obras, bem como sobre qual eles acham que foi a motivação de cada artista para executar a obra visualizada. Os registros e as impressões dessa aula podem ser feitos no Diário de Arte.

Aula 2

Retomar a organização em pequenos grupos feita na aula anterior. Após a pesquisa e a compreensão a respeito da formação étnico-cultural brasileira, propõe-se o estudo das manifestações culturais do país, com ênfase nas danças e nos ritmos brasileiros.

Propor que a turma explore as cinco regiões do Brasil apontando diferentes danças e ritmos de cada uma: a origem e a história de cada dança e ritmo, a vestimenta e os acessórios usados pelos dançarinos, entre outras curiosidades. Pode-se usar como exemplo o frevo, que é um ritmo musical e uma dança praticada principalmente no carnaval de Recife, em Pernambuco. Pode-se dizer que sua origem tem raízes nas culturas africana e europeia. Esse ritmo é marcado pela forte influência da capoeira e da mistura de gêneros musicais, como a marcha, o maxixe, a música clássica, o tango brasileiro e a polca. Em 2012, o frevo entrou para a Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. O ritmo ligeiro do frevo enfatiza os movimentos das pernas e do abdome do dançarino. O uso de sombrinhas coloridas é uma característica marcante da dança, além de auxiliar no equilíbrio do dançarino. Exemplos de outras danças e outros ritmos brasileiros que podem ser investigados:

Maracatu;

Ciranda;

Catira;

Jongo;

Fandango;

Samba;

Coco;

Xote;

Maculelê;

Carimbó.

Para facilitar o entendimento do aluno sobre o assunto e a avaliação do professor, as pesquisas podem ser organizadas da seguinte maneira e contemplar os seguintes tópicos:

Região do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul);

Dança e ritmo musical;

Origem;

Vestimenta e acessórios usados;

Principais movimentos/gestos/passos.

Durante a aula, acompanhar o percurso de aprendizagem da turma e detectar se há modificações que se fazem necessárias para o desenvolvimento do trabalho.

Para finalizar a aula e também como um processo de avaliação, verificar os seguintes pontos em anotações, falas, reflexões e pesquisas da turma.

Exploraram ritmos e danças de diferentes regiões brasileiras? Espera-se que os alunos tenham investigado as manifestações artísticas e culturais de diferentes regiões do Brasil e, se possível, tenham estabelecido comparações entre elas.

Reconheceram as danças como manifestações sincréticas? Espera-se que os alunos tenham criado um diálogo entre o sincretismo cultural presente nas danças e nos ritmos com a formação histórico-cultural do país. Nesse ponto, é interessante também uma reflexão a respeito das imigrações atuais.

Ao conhecer sobre a pluralidade cultural e étnica do país, refletiram ou questionaram como cada cultura imprime em nós um modo de agir e de se movimentar? Espera-se que os alunos tenham reconhecido que sim.

Aulas 3 e 4

Na primeira destas aulas, sugerimos a produção de cartazes que formarão um grande painel, mostrando danças e ritmos brasileiros. Planejar com os alunos o tempo e o material necessários para a produção dos cartazes.

Conferir, em parceria com a turma, as informações coletadas na aula anterior e, posteriormente, direcionar os alunos para a produção de cartazes.

O painel poderá conter as informações sobre o tema pesquisado, com imagens que destaquem os movimentos/gestos e os passos presentes na dança. Os alunos podem compor as informações por meio do uso de fotografias, ilustrações, recortes, colagens, desenhos, pinturas e pequenos textos.

É importante que as informações sejam objetivas e de fácil visualização, bem como que as imagens contenham legendas e referências.

Após a finalização dos cartazes, definir com a turma um local adequado e o modo de fixação dos cartazes para a criação do grande painel. Para este dia, propor que cada grupo apresente, com o seu cartaz, uma trilha sonora com as músicas correspondentes às danças e aos ritmos representados. Os alunos podem preparar uma playlist de músicas que pode ser compartilhada no site ou no blog da escola, com as fotografias dos trabalhos.

Ao som das músicas pesquisadas e também de vídeos de apresentações de dança e ritmos brasileiros, propor experimentações corporais e rítmicas. Orientar os alunos a sentir a pulsação de diferentes ritmos e danças, e, juntos, brincar com a diversidade presente nas danças brasileiras. Sugerir que, antes de mexer o corpo por inteiro, tentem perceber o ritmo da música apenas com uma parte dele, como o balançar dos dedos ou da cabeça.

Ao som de um samba, por exemplo, como nosso corpo reage? É possível acompanhar o ritmo dessa música apenas com o bater dos pés? Como ficaria acompanhar esse ritmo com o corpo todo? Ao ouvir outro ritmo musical, a sensação é a mesma? E os movimentos do corpo?

Como os corpos dos dançarinos exploram o espaço em danças como o jongo? E no frevo? Como você exploraria o espaço ao dançar um desses ritmos?

Durante a prática, podem-se apresentar danças típicas de outros países e estabelecer comparações com as danças brasileiras. Como sugestão, é interessante explorar os seguintes fatores de movimento tempo, espaço, peso e fluência.

A dança brasileira se parece com danças de outros países? Há movimentos semelhantes? Qual a intensidade dos movimentos? Quais partes do corpo e espaço predominam nessas danças? Essas danças têm a mesma velocidade?

Para trabalhar dúvidas

Na aula 1, seria interessante abordar com os alunos o conceito de patrimônio cultural, que caracteriza bens de natureza material e imaterial. Organizar uma roda de conversa com o intuito de despertá-los para a conscientização e a reflexão sobre o patrimônio cultural artístico e cultural do país.

site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) traz informações sobre o assunto e pode contribuir no trabalho de pesquisa, seja com sugestões de caminhos, seja com conteúdo. (Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/>. Acesso em: 9 out. 2018.)

Ampliação

As danças e os ritmos brasileiros envolvem muita brincadeira, mas também coreografias e passos complexos que exigem bastante treino, e é possível experimentar com a turma alguns passos tradicionais das danças brasileiras. Sugerimos a realização de pesquisas e reflexões durante a prática a respeito das possibilidades das danças tradicionais em uma abordagem contemporânea. Para auxiliar na reflexão, assistir com a turma a trechos de espetáculos de dança, por exemplo, Delírios, um espetáculo solo em que vários ritmos musicais são apresentados. (Direção: Ana Catarina Vieira. Produção e interpretação: Ângelo Madureira. Brasil, 2015. 47min43s.)


Fonte: PNLD

Aculturação: eles somos nós, nós somos eles

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Sequência didática

Aculturação: eles somos nós, nós somos eles

Nesta sequência, buscamos estimular o diálogo sobre o processo de aculturação no Brasil, considerando diferentes visões de diferentes povos em um mesmo contexto histórico, social, artístico e cultural.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento

Teatro

Contextos e práticas

Elementos da linguagem

Processos de criação

Artes Integradas

Matrizes estéticas culturais

Competências específicas

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.

3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.

4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.

Habilidades

Teatro

(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.

(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.

(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.

(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.

Artes Integradas

(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).

Objetivos de aprendizagem

Valorizar as diversas manifestações culturais.

Utilizar diferentes linguagens para se expressar e partilhar informações.

Identificar interpretações que expressem diferentes visões de diferentes povos em um mesmo contexto histórico.

Conteúdos

Aculturação

Jogo cênico


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Materiais e recursos

Papel

Lápis e/ou caneta.

Mapa-múndi.

Celular com recurso de gravação ou filmadora.

Caixa de papelão vazia (de sapato, por exemplo).

Desenvolvimento

Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1

Organizar os alunos em círculo ou de algum outro modo que facilite o diálogo entre eles e o professor.

Iniciar a roda de conversa sobre a aculturação e as influências que o Brasil sofreu com a chegada dos portugueses e de outros povos vindos, a princípio, do continente europeu. É importante atentar para a diversidade de povos e culturas que aqui chegaram e para a influência que exerceram na arte, na história, no contexto social e, consequentemente, na cultura.

A formação cultural, artística, social e histórica do Brasil é o resultado da junção de povos distintos: inicialmente, da confluência entre indígenas, portugueses e africanos; posteriormente, de povos de outras localidades do mundo, principalmente quando das duas grandes guerras, que foram responsáveis pelo grande fluxo migratório para o Brasil. A aculturação ocorre a partir do contato e da modificação das culturas dos indivíduos, que passam a se desenvolver diferentemente das culturas de suas matrizes formadoras. Essas mudanças podem retirar traços significativos de suas origens e influenciar a vivência cotidiana, a produção artística, as manifestações religiosas, a alimentação e o desenvolvimento social, político e, consequentemente, histórico. As mudanças culturais, históricas e sociais são inevitáveis, e por diversas vezes as transformações são positivas, proporcionado novos significados. Trabalhar esse assunto com o auxílio de um mapa-múndi contribui para a visualização e a compreensão da disposição e da origem dos diversos povos que migraram para o Brasil.

Para estimular os alunos a refletirem sobre os processos de aculturação, podem-se lançar algumas perguntas, como:

Em que região do país nasceram as pessoas mais próximas a você (da sua família, por exemplo)?

Quais povos mais contribuíram para a formação do estado em que nasceram as pessoas de sua família?

Qual a origem do seu sobrenome?

Na sua opinião, quais os pontos positivos das mudanças culturais?

Que elementos do seu dia a dia (alimentos, roupas, instrumentos musicais, entre outros) você acha que são originários de outros povos?

Aula 2

Retomar com os alunos os principais pontos da aula anterior.

Com o objetivo de refletir sobre a construção de um espaço de atuação, os alunos serão convidados a escrever uma carta anônima que relate sua experiência com o seu processo de aculturação. As cartas serão depositadas em uma caixa que ficará aos cuidados de um aluno. É importante que cada aluno registre o máximo de informações possível sobre o tema. Também é relevante dizer que essas informações serão sistematizadas e a ação cênica poderá ser filmada (com câmera de celular, por exemplo).

Incentivar os alunos à criação de vozes diferentes com possíveis variações de entonações, relacionando sentimento e forma da voz. Entonação de voz significa as possíveis variações no tom da voz; são diferentes modos de como o som vocal é emitido, como as palavras são faladas e articuladas. Durante a leitura do texto, observar com a turma a expressão facial do leitor e sua relação com o que está lendo.

Aula 3

Iniciar a aula dividindo a turma em dois grupos: um deles será plateia e o outro participará do jogo cênico como propositor da ação, com posterior inversão de papéis. O grupo propositor deve se posicionar no local escolhido para a encenação. A um comando do professor, um participante do grupo propositor deve ler uma carta que retirou aleatoriamente da caixa e sistematizar, com as próprias palavras, os pontos que considerar mais importantes. Isso será feito por todos os participantes do grupo propositor. Cada participante precisará explicar as características de aculturação que leu.

Esse jogo cênico deve ser gravado para posterior discussão e conclusão da atividade.

Aula 4

Esta proposta tem o objetivo de construir um vínculo entre os alunos, em que as diferentes dimensões da vida (histórica, social e cultural) são valorizadas e respeitadas.

Reunir os alunos em círculo para discutir os resultados da atividade, compartilhando percepções, sentimentos e ideias que surgirem. Finalizar com a visualização da gravação do jogo cênico.

Para trabalhar dúvidas

Explicar aos alunos, por meio de exemplos, o que é o processo de aculturação facilita a compreensão do tema. Procurar apresentar também referências visuais, para que o tema fique ainda mais claro.

Ampliação

Reunir os alunos em uma roda de conversa para que relacionem os aprendizados que adquiriram com esta sequência didática e que se autoavaliem em relação ao próprio comportamento no que se refere ao entendimento e ao respeito pelo outro.


Fonte: PNLD