06 abril 2022

Princípios da Aprendizagem dialógica

Princípios da Aprendizagem dialógica


Diálogo igualitário: compreensão de que todas as pessoas são inteligentes, e que a inteligência de cada pessoa se faz a partir do corpo e da experiência de vida que cada uma tem. Valorização das falas com base nos lugares ocupados pelos sujeitos que a pronunciam.

Inteligência Cultural: o princípio da inteligência cultural pressupõe e reconhece a inteligência com o processo intersubjetivo, originário das experiências de vida dos sujeitos nos seus contextos imediatos e sempre localizados em grupos e culturas. A subjetividade de cada pessoa, a forma de se ver, compreender, sentir o mundo, vai se formando e transformando a partir das interações com os sujeitos com quem se vai convivendo, concordando, discordando, disputando, confrontando.

Transformação: transforma as relações entre as pessoas e o seu entorno por meio do diálogo.  Ao compartilhar diferentes pontos de vista e maneiras de analisar e resolver as situações, por meio do diálogo, guiado pala validade dos argumentos, necessariamente se estabelece um processo de mudança com duas orientações comunicáveis: uma transformação interna e externa, buscando benefício de todos.

 Dimensão instrumental de aprendizagem:

Propõem o diálogo igualitário, no campo do que vai ensinar e aprender, já que todas as pessoas podem apresentar conhecimento diverso no seu processo de aprendizagem. Porém, ter acesso ao conhecimento acadêmico e aprender a selecioná-lo, analisá-lo, etc., é fundamental para que cada pessoa possa se proteger e se movimentar.   No entanto, este tipo de conhecimento não deve ser tomado como muros antidialógicos, estabelecendo hierarquias e degraus entre as pessoas. Todas as pessoas possuem inteligência cultural, num diálogo que visa e promove a transformação pessoal e social.

Criação de sentido: sociedade da informação criando individualismos e solidão.  A escola deve ser um espaço para conversar e não para calar, isso porque o sentido só ressurge quando as pessoas podem dirigir suas próprias interações. Aposta na capacidade das pessoas de escolherem diálogo igualitário, pautados na inteligência cultural.

Solidariedade: a solidariedade é o elo que mantem os sujeitos conectados num pertencimento ao mesmo mundo social. E transforma-se em aprendizagem dialógica desde a interação pessoa, como de solidarização de pessoas com grupos em situação de exclusão social.

Igualdade de diferenças: busca a igualdade na garantia de direitos e proteção social à todos os grupos e pessoas, com o igual direito a ser diferente, ou seja, proteção social sem homogeneização cultural  e sem formatação  dos percursos e escolhas pessoais. O conhecimento pode ser   instrumento de desigualização, já que a informação na atualidade se transforma em capacidade para a ação.

 

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