18 abril 2021

Artigo Ensino Interdisciplinar de Língua Inglesa

O ENSINO INTERDISCIPLINAR DE LÍNGUA INGLESA

Washington Luiz de Souza Reis 1

Orientador Prof.ª.: Maíza Dias 2

 

 

RESUMO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palavras-Chave:

 

TÍTULO NA LÍNGUA INGLESA

 

ABSTRACT

 

 

 

 

 

 

 

Keywords:

 

RESUMO

 

Este trabalho tem como meta observar a importância do ensino de Língua Inglesa no currículo e apresentar a interdisciplinaridade por meio da abordagem Content-Based Instruction, a qual servirá como base para um ensino mais crítico e integral do discente.O estudo que conduz essa investigação partiu das observações feitas na escola pública Educandário Ulisses Guimarães cuja prática pedagógica valoriza a Metodologia de Gramática e Tradução que não viabiliza o desenvolvimento das


1 Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-graduação Metodologia do Ensino de Língua Inglesa do Centro Goiano De Pesquisa E Pós-Graduação- CGESP.

1 Aluno do Curso de Pós-graduação do Centro Goiano De Pesquisa E Pós-Graduação – washingtonallifer@hotmail.com

1 Enfermeira: Professora de Metodologia Científica. Pós-Graduada em Educação e Linguagem pela Universidade Estadual de Goiás-UEG.maizahjm12@hotmail.com.


competências comunicativas em Língua Inglesa.

 

Palavras-chave: . Interdisciplinaridade. Ensino. Prática Pedagógica. Língua Inglesa.

 

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

Este trabalho que visa uma proposta para o ensino de LI (língua inglesa) de modo interdisciplinar, proposta esta que encontra suporte na abordagem CBI-Content-Based Instruction que destaca a contextualização do ensino de língua inglesa através da interdisciplinaridade, permite um trabalho integrando os conteúdos das diversas áreas de conhecimento. Sendo assim, a LI seria adotada como principal meio de comunicação e não como um simples meio de estudo no qual é notório um trabalho basicamente gramatical, modelos que geralmente encontramos em sala de aula.

Esse artigo teve como ponto inicial as indagações e discussões na sala de aula, durante as aulas de Língua Inglesa, realizadas em uma escola pública do município de Bonito, no mês de maio até outubro de 2018. Estes momentos se resumiram em uma chance de comprovar que a prática pedagógica dos professores de LI está totalmente integrada no ensino tradicional de gramática e tradução. Percebe-se, portanto, que essa metodologia é pouco eficaz, tendo em vista o grande número de discentes que findam o Ensino Médio sem haver adquirido as habilidades comunicativas em língua inglesa de forma significativa. Há duas suposições que exemplificam os resultados pouco satisfatórios: a primeira diz respeito a grande falta de interesse dos alunos nas atividades em sala de aula, com certeza está intrinsecamente relacionado às situações sociais nas quais estão envolvidos. A segunda refere-se à metodologia gramática-tradução, como uma opção para conseguir o ensino de um outro idioma, neste caso a LI. Contudo, observa-se que os discente de escolas públicas, em sua maioria, vivenciam um complexo contexto social que muitas das vezes não lhes dão a chance ver o real sentido de se adquirir uma segunda língua, visto que são poucas as oportunidades, que lhe são ofertadas, para ingressar no mercado de trabalho.

Esse assunto é melhor compreendido a partir da escola pública como um órgão social que recebe indivíduos provenientes das mais diferentes classes sociais. entretanto, presume-se que a escola não deve deixar de abordar algumas condições para a formação do indivíduo, considerando os vários contextos: Culturais, sociais e cognitivos, que estão diretamente ligados ao ensino aprendizagem, que contribuem para a formação do cidadão


 

1.       O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NO CURRÍCULO

 

 

Dentre as concepções que orientam a educação moderna, depara-se com a necessidade de interagir com as mais diversas situações socioculturais. Sendo assim, percebe-se que é necessário que a escola compreenda, no intuito de proporcionar um espaço interacionista, que contemple uma educação em que se adotem atividades relacionadas aos conteúdos necessários de cada área de conhecimento, mas sem separar desse procedimento as analogias culturais, sociais, históricas. Estabelecer relação entre contexto e conteúdos pragmáticos, proporciona uma modificação na forma de ensino, promove no aluno a necessidade de se tornar aprendiz. Com isso, haverá um resultado mais satisfatório e um maior enriquecimento na sua formação como um ser social.

 

Diante do contexto de desmotivação observados em aulas de Língua Inglesa, esta Produção Didática, procura através de gêneros textuais, na perspectiva interdisciplinar, desenvolver atividades que possam contribuir para a motivação em aprender uma nova língua e também a formação crítica dos alunos. Pois como diz Costa e Silva (2013, p. 223), “[...] O aluno ao se sentir motivado abre caminhos para aprender.”

 

O estudo de Línguas Estrangeiras tem conseguido ganhar grande importância nos currículos escolares de Ensino Fundamental e Médio. Garantidas pela LDB, estão atualmente, abarcadas na área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Deste modo, tem-se tornado parte complementar da grade curricular dos conhecimentos cogentes à vida escolar dos estudantes, uma vez que a proposta curricular tem procurado adequar- se cada dia mais aos pleitos da globalização social. Vista como um sistema simbólico, própria de qualquer linguagem, as Línguas Estrangeiras funcionam como meio de acesso ao conhecimento, propiciando ao aprendiz uma apropriação mais ampla, pois além de conhecer uma nova cultura, proporciona a construção de uma consciência crítica sobre sua própria cultura. De acordo com os PCNs:

 

O aprendizado de idiomas estrangeiros deve propiciar que o aluno perceba as possibilidades de ampliação de suas interações com os outros. Este aprendizado, contudo, não deve constituir processo de desvinculação cultural;


pelo contrário, é reforçador de trocas culturais enriquecedoras e necessárias para a construção da própria identidade. (PCN, 2002, p.100)

 

Desta forma o que é observado, que o ensino de língua inglesa é realizado totalmente o contrário do que diz o PCN, pois é totalmente desvinculado do processo cultural, com isso o aluno tem contato com a língua de forma descontextualizada, levando-o desmotivação com relação a aprendizagem do idioma, pois o mesmo não ver sentido naquilo que está sendo ensinado.

 

2.       A INTERDISCIPLINARIDADE NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

 

 

Num ambiente em que é preciso integrar-se para melhor construção de um conhecimento mais globalizado faz-se necessário criar um planejamento coletivista que busca desenvolver uma metodologia interdisciplinar que atenda aos objetivos específicos das áreas de conhecimento e também aos meios que se referem à formação cidadã, pois os discente estão em uma sociedade divergente e em constante mudança.

A interdisciplinaridade é uma ferramenta muito eficiente na construção do saber interligado, possibilitando ao educando perceber que as vertentes de ensino existem características peculiares, mas que se completam. Esse concordância entre as áreas do conhecimento é de suma importância para o desenvolvimento de um saber mais ampliado e integrado. Luck afirma que

 

[...] para o desenvolvimento da interdisciplinaridade, é fundamental que haja diálogo, engajamento, participação dos professores, na construção de um projeto comum voltado para a superação da fragmentação do ensino e de seu processo pedagógico. ( LUCK, 2007, p. 80)

 

O pressuposto acima mostra que a elaboração de uma metodologia interdisciplinar necessita do professor perceber a diferença e a confirmação de que a forma de ensino está ultrapassada, e a necessidade de encontrar-se a melhor forma para do ensino da língua inglesa.

Apreciar essa dialógica entre as áreas constitui-se numa perspectiva de um


ensino que tem recebido apoio, por entender que deste modo da-se-á ao aluno a oportunização de um desenvolvimento integral em que os conteúdos curriculares sejam propostos de maneira mais articulada, propiciando um conhecimento mais coerente para o aluno. O Content-Based Instruction é uma abordagem de ensino que tem como objetivo essa contextualização do ensino de Língua Inglesa a partir interdisciplinaridade.

Essa proposta proporciona aos discentes uma aprendizagem com mais significância tanto no meio escolar quanto social, pois os alunos são inseridos em situações-problema que devem ser sanadas pelos mesmos. O conteúdo de outras áreas é utilizado na língua alvo, gerando assim a interdisciplinaridade, levando o educando a compartilhar informações, desenvolver e aprender com a interação entre os demais. Além do mais, o docente de língua inglesa seleciona atividades ligadas às situações reais de uso da língua para que os aprendizes notem a importância do que está sendo ensinado.

Interdisciplinaridade é o processo que envolve o engajamento de educadores, num trabalho conjunto de interação das disciplinas do currículo escolar, entre os professores e e a realidade; de modo a superar a fragmentação do ensino objetivando a formação integral do aluno, a fim de que possa exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global de mundo e ser capaz de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da realidade atual.( LUCK, 2007, p.64)

O ensino interdisciplinar propicia tanto ao docente quanto ao discente, o acréssimo de habilidades como compreensão na vivência inreracionista, com respeito mútuo da cidadania, demonstrando a consciência social e os valores que são assegurados e uma formação mais consistente.

 

 

3.   A ABORDAGEM CONTENT BASED E A INTERDISCIPLINARIDADE

 

 

A Content- Based Instruction (CBI) incide num meio de ensino que visa a utilização do conteúdo de outras áreas, na busca de promover um ensino de LI mais amplo e significante para os alunos.

Ao utilizar CBI, há uma integração entre a língua estudada e o conteúdo específico de cada área, o que possibilita uma aprendizagem mais crítica, formando cidadãos com mais criticidade reflexão. De acordo com o ensino de língua situado no


conhecimento de mundo, Stoller afirma que ¹“1through content-based instruction, learners develop language skills while becoming more knowledgeable citizens of the world”. (Através de instrução baseada em conteúdo, os alunos desenvolvem habilidades linguísticas enquanto se tornam cidadãos mais conhecedores do mundo ”.) (STOLLER, 2002 apud RICHARDS. RENANDYA, 2002, p.107)

Dessa forma, em concordância com esse aspecto, os discentes se sentem mais determinados a realizar as atividades quando são realizadas com outros assuntos, e não somente no uso de regras gramaticais da língua. O autor também assegura que os professores nas aulas de CBI, quando criam um local de aprendizagem mais atrativo, promovendo o engajamento entre eles e oferecendo-lhes oportunidade para construírem seus saberes, terá mais sucesso e participação do mesmos em suas aulas. Contudo, é necessário que, tanto os conteúdos pragmáticos das disciplinas, quanto o da língua inglesa sejam objetivados a partir das reais necessidades comunicativas dos aprendizes, pois, a necessidade comunicativa não se reduz tão somente à oralidade, como também ao aperfeiçoamento das outras habilidades como o ato de ler e escrever.

O estudo das outras disciplinas, mais especificamente as áreas de História, Geografia, Ciências Naturais e Arte, deve oferecer atividades das disciplinas citadas anteriormente integradas ao ensino de Língua Estrangeira, fará mais sentido para o educando. (PCN, 1998 p.37)

Para Larsen-Freeman (2000) os alunos são motivados porque estão aprendendo um conteúdo que é relevante para eles. A autora acredita que os trabalhos escritos pelos discentes devem ser feitos de forma processual, de maneira que apresente a seguinte ordem:

1)  os alunos realizam uma discussão prévia do assunto escolhido para a confecção do textual.

2)  Apresentação para o professor e os outros alunos para que o autor possa receber sugestões sobre sua escrita.

3)  Realizar reescrita baseada nas orientações.

Dessa forma, os alunos compreendem a importância de revisar suas próprias produções e as dos colegas. Além disso, eles entendem que a escrita é tida como um meio de comunicação, e não somente como um simples exercício que o objetivo é simplesmente avaliar.


[...] o objetivo principal de quem ensina uma LE é o de levar o aluno a ler, escrever, falar e ouvir de maneira satisfatória, de tal forma que esse aluno atenda às exigências mínimas de um perfil de sujeito considerado fluente na língua alvo. (BERTOLDO, 2005, p.112)

Sendo assim, o discente vai muito além das aulas gramaticais, possibilitando a compreensão da língua estrangeira como um meio eficiente de interação e de conhecimento.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

Numa sociedade globalizada na qual estamos inseridos, o conhecimento de uma Língua Estrangeira é de extrema importância, visto que é compreendido como um pré- requisito que leva o educando a ascensão ao mercado de trabalho. Porém, é necessário que esse conhecimento seja compreendido, possibilitando o sujeito a agir como um cidadão crítico e reflexivo, diante da sociedade.

Essa proposta de ensino não é condizente com um ensino dissociado e isolado, e sim conjugado. De modo que as competências adquiridas possibilitem ao aprendiz uma consciência intercultural. Nesse sentido, a interdisciplinaridade contribui para uma aprendizagem mais ampla, que contempla os aspectos linguísticos, socioculturais e socioeconômicos.


REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

 

BERTOLDO, Ernesto S. Leitura e produção oral no contexto de formação de professores de língua estrangeira. In: CARVALHO, Regina Célia de; LIMA, Paschoal, (Org.).Leitura e Múltiplos Olhares. Campinas, SP: Mercado de letras, 2005. p. 111-151.

 

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias.

Brasília: MEC, 2008.

 

 

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais, Códigos e suas Tecnologias. Língua Estrangeira Moderna. Brasília: MEC, 2002.

 

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, Língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares nacionais: ensino de primeira à quarta série, língua portuguesa. Brasília: MEC, 1997.

 

FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: definição, projeto, pesquisa.

In:         . Práticas Interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez Editora, 1993. p. 15-18.

 

GERALDI, João Wanderley. O ensino e as diferentes instâncias de uso da linguagem. In: . Linguagem  e  ensino:  exercícios  de  militância  e divulgação. Campinas:SP. Mercado das letras, 1996. p. 27-45.

 

LIMA, Diógenes Cândido de .O ensino de língua inglesa e a questão cultural. In . Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola, 2009. p. 179 - 189.

 

LARSEN-FREEMAN, D. Techniques and Principles in Language Teaching. Hong Kong: Oxford University Press, 2000.

 

LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos.

15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.


STOLLER, Fredick L. Project Work: A Means To Promote Language and Content. In: RICHARDS, jack C.; RENANDYA, Willy A. Methodology in Language Teaching.

Cambridge, 2002, p. 107-119.

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